Trichet prevê que déficit da zona do euro cairá para 3,5% até 2012
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, prevê que o déficit governamental da zona do euro cairá para 3,5% até 2012. "Essa é uma perspectiva animadora", disse ele, em audiência ao Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu.
"A consolidação fiscal continua em muitos países", disse ele. "Entretanto, alguns países da região ainda estão enfrentando altos níveis de déficit e endividamento", ressalvou.
"A consolidação fiscal continua em muitos países", disse ele. "Entretanto, alguns países da região ainda estão enfrentando altos níveis de déficit e endividamento", ressalvou.
Presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, participa de reunião em Bruxelas (Foto: Reuters)
Presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, participa de reunião em Bruxelas (Foto: Reuters)Presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, participa de reunião em Bruxelas (Foto: Reuters)
Trichet reiterou que o BCE sempre deixou claro que a melhor maneira de lidar com as atuais posições de dívida soberana é uma implementação determinada e disciplinada de medidas de consolidação fiscal e de uma agenda de reforma estrutural para promover o crescimento econômico no médio prazo.
"Quanto à possibilidade de uma ação de dívida", afirmou, "nós desaconselhamos fortemente todos os conceitos que não sejam puramente voluntários ou que tenham elementos compulsórios. Pedimos que sejam evitados quaisquer eventos de crédito ou default seletivo".
Trichet disse também que a privatização é uma boa forma de mobilizar capital privado e algo que o BCE tem consideravelmente encorajado, particularmente no caso da Grécia. "Às vezes sou surpreendido pela visão estreita do envolvimento do setor privado nesse debate", disse ele.
O presidente do BCE defendeu que as negociações em andamento de um pacote governamental devem produzir um resultado ambicioso. "Tenho enfatizado repetidamente por que estamos de acordo com o Parlamento Europeu sobre isso - a necessidade de um salto quantitativo em governança econômica por meio do atual pacote legislativo", afirmou.
Nesse sentido, prosseguiu Trichet, "não devemos nos contentar com um Pacto de Crescimento e Estabilidade mais forte apenas nos estágios finais de uma política de déficit excessivo. Precisamos impedir quaisquer excessos fiscais cedo e corrigi-los', disse. 'Em segundo lugar, nós nos beneficiaríamos consideravelmente de um arcabouço macroeconômico ambicioso que detectasse os desequilíbrios logo", acrescentou.
"Aqui, precisamos nos focar naqueles países que representam um risco para outros países da zona do euro por causa de excessivas e persistentes perdas de competitividade", afirmou.
Fonte: G1