Juros futuros fecham em queda no longo prazo à espera da decisão do Copom
SÃO PAULO - No último dia da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), a qual vai decidir os rumos da Selic, as taxas dos principais contratos de juros futuros fecharam esta quarta-feira (8) em trajetória de queda no longo prazo e próximas da estabilidade no curto prazo.
O mercado trabalha com a expectativa quase unânime de que a Selic terá um aumento de 0,25 ponto percentual, subindo para 12,25% ao ano. E com os indicadores apontando para uma desaceleração da inflação, este pode ser um indício de que realmente a alta da taxa básica de juro venha de acordo com as estimativas.
Para a MCM, a alta da Selic para 12,25% é certa, mas “a dúvida recai nos próximos passos”. A consultoria alerta para a sinalização feita na reunião do Copom de abril. “Além da sinalização do BC, as condições atuais da economia, em especial do mercado de trabalho, ainda indicam a necessidade da continuidade do aperto monetário”.
Diante deste panorama, o economista do Interbolsa Brasil, Julio Hegedus, destaca que os mercados de juros curtos, intermediários e longos refletem a desaceleração da economia doméstica e inflação em queda.
IPC-S cai
A FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou nesta manhã, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) que marcou taxa de 0,36% na primeira semana de junho, variação de 0,15 ponto percentual menor que a registrada na semana anterior.
Os grupos Alimentação e Transportes foram os principais responsáveis pela variação negativa do IPC-S, taxa de 0,25%, queda de 0,22 ponto percentual na comparação com o resultado da semana anterior, e deflação de 0,48%, redução de 0,49 ponto percentual, respectivamente.
Produção Industrial recua em nove regiões
A Pesquisa Industrial Produção Física - Regional, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira, aponta que a produção industrial nacional recuou em nove das 14 regiões pesquisadas na passagem de março para abril, segundo dados da Pesquisa Industrial Produção Física – Regional.
A maior queda ocorreu na região da Ceará (-6,9%), seguida por Goiás (-5,1%) e São Paulo (-3,8%). Na outra ponta, as altas foram registradas no Pará (+8,4%), Amazonas (+5,8%) e Rio de Janeiro (+2,5%). A média nacional no período foi de queda de 2,1%.
Contrato de janeiro de 2012 fechou com taxa de 12,39%
O contrato de juros de maior liquidez nesta quarta-feira, com vencimento em janeiro de 2012, registrou uma taxa de 12,39%, estável em relação ao fechamento de terça-feira.
Confira o fechamento das taxas dos principais contratos de DI futuro na BM&F:
Fonte: InfoMoney