Grécia e indicadores ruins dos EUA derrubam bolsas europeias
SÃO PAULO – As bolsas europeias fecharam o pregão desta quarta-feira (15) em queda, com o mercado preocupado com os problemas fiscais na Grécia e diante de resultados desanimadores sobre produção industrial e preços ao consumidor dos Estados Unidos.
Diante deste cenário, o índice CAC 40, da bolsa de Paris, apresentou desvalorização de 1,49%, aos 3.807 pontos, acumulando no ano leve alta de 0,05%, enquanto o FTSE 100, da bolsa de Londres, encerrou em baixa de 1,04%, atingindo 5.743 pontos e sua variação no ano acumula baixa de 2,67%.
A Bolsa de Frankfurt, apresentou queda de 1,03%, atingindo 7.131 pontos, acumulando uma forte valorização de 3,13%. O IBEX 35 de Madri, fechou com perdas de 1,97%, aos 9.933 pontos, acumulando alta anual de 0,75%; e o FTSE MIB de Milão, encerrou a sessão em baixa de 2,16%, alcançando 19.919 pontos, com desvalorização anual de 1,26%.
Cenário externo
Nos Estados Unidos, os números sobre a evolução dos preços ao consumidor registraram alta de 0,2% em maio, 0,1 ponto percentual superior ao esperado pelo mercado. Já a produção industrial apresentou alta de 0,1% no mês passado, 0,1 ponto percentual inferior às projeções.
Por sua vez, o indicador da atividade industrial de Nova York registrou 7,8 pontos negativos em junho, pior de que os 10 pontos positivos esperados pelos analistas.
Dívida grega ganha destaque
No velho continente, contudo, o mercado segue na espera do resultado da votação a respeito das novas medidas de austeridade a serem anuncidas pelo parlamento grego. No entanto, a medida não é consenso entre os gregos, que protestam em Atenas, o que aumenta a percepção de risco do mercado sobre o tema.
O agravamento deste quadro veio com a informação de que a agência Moody's colocou sob revisão negativa o rating dos bancos franceses Credit Agricóle, Société Générale e BNP Paribas em razão da exposição destas instituições à deterioração fiscal da Grécia.
Segundo agências internacionais, para o BCE (Banco Central Europeu) a ameaça da crise da dívida grega transbordando para o setor bancário é o maior risco para a estabilidade financeira da região. O vice-presidente do BCE, Vítor Constâncio, ressaltou durante coletiva, nesta quarta-feira em Frankfurt, que a Grécia pode ter um efeito de contágio.
Destaques corporativos
Os bancos apresentaram as principais quedas neste pregão. No CAC 40, fecharam com perdas o Société Générale (-2,55%), o BNP Paribas (-2,49%) e o Credit Agricole (-2,48%).
No DAX 30, apresentaram desvalorização o Commerzbank (-2,19%) e Deutsche Bank (-1,22%). No mesmo compasso de queda fecharam os bancos na FTSE 100. Barclays (-2,70%), Royal Bank of Scotland (-1,93%), Lloyds (-1,77%) e HSBC (-1,20%).
A principal perda na bolsa de Londres foi da operadora de commodities Glencore, que caiu 5,40%. No campo negativo também fecharam Antofagasta (-1,35%), BHP Billiton (-1,15%) e Rio Tinto (-0,78%).
Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus:
Fonte: InfoMoney