Bolsas norte-americanas fecham sem tendência, com techs em queda

SÃO PAULO - Os principais índices de Wall Street fecharam o último pregão da semana em sentidos opostos, em uma sessão com foco no noticiário europeu e influenciada por indicadores econômicos domésticos. Contudo, fortes quedas no setor de tecnologia enfraqueceram o índice Nasdaq, que fechou no campo negativo tanto no dia quanto na semana.

Diante disso, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, fechou em leve alta de 0,36% a 12.004 pontos, acumulando no ano forte alta de 3,69%. O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em leve valorização de 0,30% atingindo 1.272 pontos e subindo 1,10% no ano. Por outro lado, o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, apresentou queda de 0,28%, chegando a 2.616 pontos e acumulando no ano baixa de 1,37%.

Crise na Europa
A Grécia voltou ao noticiário diante dos anúncios de mudanças no governo com a nomeação de Evangelos Venizelos para o cargo de ministro de Finanças, no lugar de George Papaconstantinou, que enfrentou oposição após aprofundar as medidas de austeridade, impulsionando a onda de protestos no país.

A crise da Grécia foi assunto também do encontro da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Nicolas Sarkozy, nesta sexta-feira. Ambos reafirmaram a necessidade de novos auxílios para o país, e a participação dos credores privados da dívida grega. O compromisso animou os mercados no dia.

Ainda no continente, a Moody's colocou o rating italiano em revisão para possível corte.

Indicadores econômicos
Entre os indicadores divulgados na agenda norte-americana, destaque para o Leading Indicators - relatório que compreende vários dados já divulgados -, que registrou variação positiva de 0,8% no mês de maio, segundo a Conference Board. O índice foi melhor do que as expectativas do mercado, que apontavam alta de 0,4%.

Já a confiança dos consumidores na economia norte-americana em junho, medida pelo Michigan Sentiment, foi pior do que as expectativas do mercado apontar 71,8 pontos.

Techs recuam e derrubam Nasdaq
Os papéis da Research in Motion, fabricante do Blackberry, despencaram 21,45%, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, em que a empresa revelou projeções piores do que as expectativas do mercado. Outras empresas do setor de tecnologia tiveram fortes quedas, entre elas Yune Internacional (-38,3%) e China Transinfon (24,9%) que lideraram as perdas pelo índice Nasdaq.

Ainda no setor de tecnologia, recuaram as ações das gigantes Intel (-1,07%) e Cisco (-0,53%), que foram as principais perdas pelo Dow Jones. Também no setor, fecharam em queda a Nvidia (-2,38%) e Marvell  (-4,21%).

Outros destaques corporativos
Com a queda de preço do petróleo, companhias aéreas foram beneficiadas e subiram, com destaque para  a United Continental (+5,81%),  Delta Airlines (+1,91%) e Southwest Airlines (+1,58%)

Já as ações da Ciena, fabricante de equipamentos de rede para as maiores empresas de telefonia dos EUA, perderam 3,07% após o UBS mudar sua recomendação de "neutra" para "venda". Enquanto isso, o Capital One fechou em queda de -0,33%, após anunciar a compra da ING Direct por US$ 9 bilhões.

IPO
Os papéis da Bankrate subiram 2,24%, depois da divulgação de seu preço de US$ 15 por ação no IPO (Initial Public Offering), valor na média das expectativas, que estavam entre US$ 14 a US$ 16. Por fim, a Pandora ganhou 1,06% em seu terceiro dia de negociações.

Confira o desempenho dos principais índices acionários norte-americanos:


Fonte: InfoMoney