Bolsas europeias fecham o pregão em baixa repercutindo dados da China
SÃO PAULO - As bolsas europeias fecharam a sessão desta sexta-feira (10) em queda, com o mercado preocupado com ao cenário econômico mundial, após a divulgação de dados do comércio da China, além dos desdobramentos do socorro à Grécia.
Com isso, o índice CAC 40, da bolsa de Paris, apresentou desvalorização de 1,90%, aos 3.805 pontos, acumulando no ano leve alta de 0,01%, enquanto o FTSE 100, da bolsa de Londres, encerrou em baixa de 1,55%, atingindo 5.766 pontos e sua variação no ano acumula queda de 2,27%.
A Bolsa de Frankfurt, apresentou desvalorização de 1,25%, atingindo 7.070 pontos, acumulando no ano valorização de 2,25%. Já O IBEX 35 de Madri, fechou em queda de 1,69%, aso 9.951 pontos, alta anual de 0,93%, e o FTSE MIB de Milão, encerrou em baixa de 1,33%, aos 20.177 pontos, desvalorização no ano de 0,28%.
Crise fiscal continua
O Société Générale coloca em dúvida as medidas de austeridade promovidas na Europa com o objetivo de combater a crise fiscal. Segundo a avaliação do banco, as medidas vêm se mostrando falhas, porém não existe um plano alternativo, que envolva outras ferramentas para combater a crise europeia.
Nesse cenário, o analista Vladimir Pillonca destaca que os últimos relatórios da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre a Grécia e a Irlanda apontam que as economias desses países estão em situação pior do que fora imaginado anteriormente.
Embora o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, tenha rejeitado uma participação da autoridade monetária em um novo pacote de auxílio econômico para a Grécia, o Parlamento da Alemanha votou a favor de uma nova resolução dos partidos de coalizão para apoiar um pacote adicional de ajuda a Grécia, segundo informações da Reuters.
Já a Moody’s, durante coletiva de imprensa realizada na véspera em Frankfurt, mostrou ceticismo sobre uma participação voluntária de investidores para uma eventual reestruturação da dívida externa grega. Segundo o diretor geral de risco soberano da instituição, Bart Oosterveld "os riscos de default para os países periféricos europeus continuam a aumentar".
China
Também repercutiu nas bolsas da Europa o fato de que a balança comercial chinesa reportou aceleração nas importações e queda no ritmo de crescimento das exportações, segundo dados divulgados nesta data. A União Europeia continua sendo o maior parceiro comercial do país.
Destaques corporativos
No CAC 40, a Peugeot, que na véspera fechou em alta de 2,51%, após declarações de que embora esteja preocupada com a competitividade das fábricas francesas, o fechamento da unidade de Aulnay-sous-Bois não estaria na agenda do grupo, nesta sessão foi o destaque de baixa, registrando queda de 3,34%, depois que o ministro da indústria declarou que o governo não aceitaria o encerramento das atividades da fábrica.
Na bolsa de Frankfurt, revertendo as altas de quinta-feira, as montadoras encerraram o pregão em desvalorização: Daimler (-1,78%), Volkswagen (-1,53%) e BMW (-0,94%). O melhor desempenho do DAX 30 foi da produtora de aço, ThyssenKrupp, em alta de 2,54%.
No FTSE 100, o Lloyds fechou em queda de 1,71%, o HSBC caiu 1,27% e o Royal Bank of Scotland desvalorizou 1,12%. No DAX 30, em queda o Commerzbank (1,35% e o Deustche (0,24%).
Na bolsa de Paris, as instituições também registraram perdas. O Société Générale (-1,98%), o BNP Paribas (-1,41%) e o Credit Agricole (-1,28%). As holdings de luxo, Louis Vuitton em Paris, e Burberry Gruop em Londres, fecharam em queda de 1,80% e 1,30%, respectivamente.
Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus:
Fonte: InfoMoney
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