Bolsas europeias fecham em queda com mercado atento a crise da dívida na Grécia

SÃO PAULO – As bolsas europeias fecharam o pregão desta segunda-feira (20) em queda, com os mercados preocupados com a crise na Zona do Euro, principalmente após os ministros das Finanças condicionarem a entrega da parcela de € 12 bilhões à Grécia à adoção de novas medidas de austeridade, e também pela possibilidade de corte na nota de crédito da Itália.
 
Com isso, o índice CAC 40, da bolsa de Paris, apresentou desvalorização de 0,63% a 3.800 pontos, acumulando leve baixa no ano de 0,13%, enquanto o FTSE 100, da bolsa de Londres, encerrou em baixa de 0,38%, atingindo 5.693 pontos, sendo que sua variação no ano acumula forte baixa de 3,50%.

O DAX 30, da Bolsa de Frankfurt, apresentou uma leve baixa de 0,19%, alcançando 7.150 pontos e valorização anual de 3,32%. O IBEX 35 de Madri, encerrou em queda de 0,96% a 10.038 pontos, enquanto o FTSE MIB de Milão, desvalorizou 2,01%, atingindo 19.692 pontos.

Desenrolar da crise grega
O Eurogrupo comunicou, após a reunião dos ministros das Finanças da Zona do Euro, durante o final de semana, que os parâmetros para uma estratégia de financiamento à Grécia devem ser anunciados no início de julho, enquanto um memorando de entendimentos é esperado para os "próximos dias”. Já o desembolso da ajuda financeira deve acontecer por volta da metade de julho.

Ainda de acordo com o relatório preparado pela Comissão Europeia e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), a sustentabilidade da dívida está condicionada à consolidação fiscal, à captação de € 50 bilhões em privatizações até 2015 e uma agenda de reforma estrutural que promoverá o crescimento no médio prazo.

Outro destaque na Zona do Euro é a Itália. Na última sexta-feira, a Moody’s, colocou o rating italiano em revisão para possível corte, apontando riscos em condições de financiamento de países da União Europeia com altos níveis de dívida em meio a crise fiscal no continente.

Destaques corporativos
Agências internacionais destacam que os investidores temem que a dívida grega possa trazer consequências para o sistema bancário, semelhantes às ocorridas após o colapso do Lehman Brothers. Neste cenário, no FTSE 100, os papéis do Royal Bank of Scotland caíram 3,90%, enquanto os do Lloyds baixavam 2,58%, os do Barclays 2,02% e os do HSBC 0,64%.

Na bolsa francesa, fecharam em queda as ações do BNP Paribas (-1,70%) e do Credit Agricole (-1,57%). No DAX 30, encerraram com perdas o Commerzbank (-1,67%) e o Deustche Bank (-0,99%).

No FTSE 100, as ações da Kazakhmys caíram 2,06%, a Antofagasta recuou 1,47%, os papéis da BHP Billiton e Rio Tinto desvalorizaram 0,97% e 0,77% respectivamente.

Na bolsa de Frankfurt também depreciaram as empresas do setor elétrico RWE (-1,93%) e E.On (-1,74%). Entre as montadoras apresentaram perdas Daimler (-0,87%) e BMW (-0,67%). Já a Volkswagen avançou 0,88%.

No CAC 40, o Carrefour ainda carrega as notícias sobre queda no lucro operacional e as ações fecharam em baixa de 1,39%. Na mesma linha, as montadoras francesas Renault e Peugeot desvalorizaram 0,58% e 0,52%, respectivamente.

Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus:


Fonte: InfoMoney