Bolsas dos EUA sobem influenciadas por notícias de fusões no setor corporativo


SÃO PAULO - Os principais índices acionários dos Estados Unidos seguem am alta nesta terça (7), influenciados por anúncios de fusões no setor corporativo. No entanto, o clima de cautela ronda os negócios, enquanto os investidores aguardam o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, marcado para às 16h45 (horário de Brasília), que pode dar sinais de como o Fed irá se comportar no futuro. Além disto, o setor bancário recupera as perdas registradas na véspera.



O índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, opera em valorização de 0,62% e atinge 1.294 pontos. O Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, negocia em alta de 0,61% a 12.164 pontos, enquanto o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, sobe 0,50%, chegando a 2.716 pontos.

Agenda

Com a agenda escassa de novos indicadores, o foco dos investidores norte-americanos volta-se para o discurso de Ben Bernanke, que pode apontar sinais dos próximos passos da autoridade monetária, principalmente com o fim do QE2 (Quantitative Easing 2), no próximo dia 30.  Além do discurso, o mercado receberá dados do crédito ao consumidor, do qual projeta-se volume de US$ 6 bilhões em abril - mesmo valor registrado no mês anterior.

Os investidores norte-americanos aguardam também notícias que podem definir o destino da crise fiscal na Grécia. Nesta manhã, o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, afirmou que considera razoável um pacote de medidas de auxílio aos gregos que envolva um aumento no prazo dos títulos da Grécia detidos por investidores privados.

Destaques corporativos

A International Paper (+1,18%) lançou uma oferta de US$ 3,3 bilhões para compra da rival Temple-Inland, o que dá sequência a uma longa batalha para dominar a indústria de embalagens de papelão ondulado da América do Norte. Com isso, as ações da Temple dispararam mais de 40% na sessão.  Além disso, o anúncio colaborou para a elevação de outras ações de empresas de papel, incluindo os ativos da Weyerhaeuser, que sobem 6,78% na sessão.

O mercado acompanha ainda as ofertas pela aquisição da seguradora ING, principalmente as propostas de General Electric (+0,92%) e Capital One (+0,18%), que já estariam ao redor dos US$ 9 bilhões, segundo informações da Bloomberg.

O setor automotivo ganha destaque após rumores de que o CEO (Chief Executive Officer) da Ford (+0,86%), Allan Mulally, irá anunciar aos investidores plano para aumentar as vendas em 50% nos próximos quatro anos.

Já a General Motors ganha 1,12%, apesar do anúncio de que em maio as vendas da companhia na China recuaram pelo segundo mês consecutivo, 2,7%.

No sentido oposto, as ações da Talbots recuam 38,14%, após a varejista anunciar que as vendas do primeiro trimestre ficaram abaixo das estimativas do mercado.

Por fim, no setor de tecnologia, a Research In Motion recua 1,39%  após a classificação do fabricante de BlackBerry ser cortada de  "outperform" para "market perform" pelo Morgan Keegan.  A Sprint também recua 2.23% após a Stifel Nicolaus cortar o rating da companhia de telecomunicação de "hold" para "sell".

Bancos sobem em recuperação às quedas da véspera

Em uma recuperação às quedas registradas na véspera, os bancos operam em alta nesta desta terça, com destaque para oJPMorgan (+1,53%) e o Barclays (+2,12%).  Ainda no setor de bancos, o Regions Financial (+1,65%) disse que vai recomprar US$ 1 bilhão em contas de cartão de crédito do Bank of América (+0,42%). O negócio está previsto para ser fechado no segundo trimestre do ano.

Já o Morgan Stanley (+0,13%) anunciou que pode reduzir o número de corretores em sua divisão. O anúncio sucede à demissão de cerca de 300 corretores no trimestre anterior.

Confira o desempenho dos principais índices acionários norte-americanos:


Fonte: InfoMoney