Bolsas dos EUA abrem instáveis com mercado à procura de referência


SÃO PAULO - Os principais índices acionários dos EUA seguem em baixa nesta segunda-feira (6), em sessão com fracas referências para Wall Street diante de uma escassa agenda de indicadores e poucas movimentações no front corporativo.



No momento, o índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, apresenta leve baixa de 0,13% e atinge 1.298 pontos e o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, abre em queda de 0,12% atingindo 2.736 pontos. 

Por outro lado, o índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, negocia em alta 0,11%, atingindo 2.736 pontos. 

Oposição vence em Portugal
Com isso, os investidores direcionam olhares para o cenário externo, especialmente sobre os PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). No último final de semana, as urnas portuguesas indicaram vitória da oposição social democrata para compor o próximo gabinete de governo, o que deve acelerar as reformas fiscais no país bem como o processo de privatizações.

Grécia se aproxima de novo resgate
Já a Grécia, inicia semana decisiva para receber a quinta parcela do resgate de 2010 e negociar uma nova rodada de auxílio junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e ao BCE (Banco Central Europeu) em torno de € 60 bilhões para os próximos dois anos.

Porém, apesar do governo grego ter anunciado na última sexta-feira um pacote de reformas para responder às exigências dos órgãos, ainda pairam muitas dúvidas sobre a longevidade do plano, como se dará o processo de financiamento do novo aporte e quando de fato o país estará apto a voltar ao mercado de capitais.

Recuperação em xeque?
Voltando ao front doméstico, Wall Street ainda digere os dados do último relatório mensal de emprego, referente a maio, que indicou desempenho muito abaixo do esperado, colocando em dúvida o vigor da recuperação econômica dos EUA.

Para o Goldman Sachs, o processo de retomada do crescimento sustentado ainda deverá ser de altos e baixos até o final de 2011, influenciado pela projeção de queda das commodities e a reconstrução do Japão.

Bancos em baixa após corte de recomendação
No campo corporativo, o principal destaque fica com o setor bancário, após analistas da Rochdale rebaixarem sua recomendação para as ações do Wells Fargo, de neutral para sell, derrubando as ações em 2,2%.

Com isso, não surpreende que outros gigantes do setor trilhem o mesmo caminho, como Citigroup (-1,53%), Bank of America Merrill Lynch (-2,2%), JPMorgan Chase (-1,92%) e Goldman Sachs (-0,54%).

 Fonte InfoMoney