SÃO PAULO – O Brasil voltou a ser eleito pelo Citigroup como o favorito na América Latina para investimento em ações, de acordo com relatório dos estrategistas Jason Press e Matthew Hickman.

Por outro lado, o México foi eleito como o mercado mais caro, além de ser “muito dependente da economia dos EUA”. Ações de setores com beta mais elevado, como commodities, bens de consumo duráveis e financeiro são preferidos pelos estrategistas, enquanto telecomunicações é que possui a recomendação relativa mais baixa.

“As ações latino-americanas tem sido negociadas ‘de lado’ desde o fim de 2010”, reconhecem. Todavia, a expectativa da dupla do Citi é que “o rompimento da atual faixa de negociação seja positivo”.

Atratividade
Como base do cenário “otimista” traçado pelos estrategistas está a avaliação de as ações estão baratas do ponto de vista dos fundamentos na região, com valuation atrativo, retornos sustentáveis sobre ativos e um “sólido cenário macro”, revela o relatório.

As ações da região são “negociadas sob um múltiplo de 1,9 vez o preço em relação ao valor contábil, em comparação à razão de 2,0 dos mercados emergentes, enquanto seu ROE (Retorno sobre patrimônio) é de 15,2%, comparado aos 14,7% dos emergentes”, afirmaram Press e Hickman.

Outra aposta dos analistas se dá por meio da elevada correlação histórica entre os preços de ações na região e de commodities. Tendo em vista o descolamento recente, com a estagnação da renda variável e a alta dos materiais, “é prudente esperar por um retorno à relação histórica”, afirmam. Ademais, esperam por novas altas de produtos básicos.