Mercados repercutem morte de Osama bin Laden

São Paulo - A informação de que o líder da Al Qaeda Osama bin Laden foi morto por forças norte-americanas no domingo repercutia nos mercados financeiros internacionais neste início de semana, com alta nas principais praças acionárias e forte queda do petróleo, embora especialistas alertassem para o efeito temporário da notícia.

Uma bateria de indicadores globais sobre atividade manufatureira também marcava o início de maio. A China abriu a agenda ainda no domingo com o índice oficial sobre o setor mostrando desaceleração, enquanto indicadores nesta segunda-feira na zona do euro, Alemanha e França mostraram aceleração. Ainda é aguardado o número nos Estados Unidos.
O índice dos gerentes de compras (PMI) da China apurado pela Federação de Logística e Compras da China (CFLP, na sigla em inglês) sobre a atividade manufatureira do país passou para 52,9 em abril ante 53,4 em março. Projeções apontavam 54. O componente de preços passou de 68,3 para 66,2.
 
Na zona do euro, a leitura preliminar de abril do índice Markit sobre a atividade manufatureira foi revisada de 57,7 para 58 na apuração final, o que representa uma aceleração no ritmo de crescimento do setor ante os 57,5 registrados em março. A expansão do setor manufatureiro alemão atingiu uma sequência de 19 meses em abril, com a divulgação final do indicador Markit ficando em 62. A atividade na França acelerou acima do previsto, com o índice Markit, encerrando o mês em 57,5.
 
O contrato futuro do norte-americano S&P-500 ganhava 0,49 por cento --6,70 pontos-- às 7h35, quando o europeu FSTEurofirst 300 subia 0,21 por cento. Novo feriado em Londres voltava a reduzir o volume das operações nos pregões europeus.

Na Ásia, o Nikkei subiu 1,57 por cento, enquanto o índice de Xangai não operou em razão de feriado.
 
O MSCI para ações globais aumentava 0,19 por cento e para emergentes, 0,26 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão registrava acréscimo de 0,36 por cento.

Entre as commodities, o petróleo era transacionado a 111,85 por cento nas operações eletrônicas em Nova York, em baixa de 1,83 por cento.
 
No segmento cambial, o dólar chegou a cair, mas reagia, com o índice DXY --que mede o valor da divisa norte-americana ante uma cesta com as principais moedas globais-- avançando 0,11 por cento. O euro era cotado a 1,4841 dólar ante 1,4799 dólar na sexta-feira. Em relação ao iene, o dólar era negociado a 81,50 ienes ante 81,21 ienes na última sessão.

A pauta no mercado brasileiro incluía dados de fechamento de mês de inflação e comércio exterior, além da tradicional pesquisa Focus do Banco Central --que deve finalmente refletir realmente a expectativa de economistas sobre o rumo dos juros e dos preços após a decisão da autoridade monetária de elevar a Selic para 12% no último dia 20 de abril.
 
A cena corporativa doméstica também trazia uma pauta merecedora de atenção, com os resultados de Embraer, Fibria e TIM na agenda da safra de balanços e a estreia das ações de Magazine Luiza na bolsa brasileira

Fonte:Exame.com