Entre competição e despesas, expectativa é de mais um trimestre negativo para B2W

17:09 | Postado por uminvestimentos |

SÃO PAULO – Os resultados referentes ao primeiro trimestre da B2W (BTOW3) esperados nesta quinta-feira (5), após o fechamento do mercado, não deverão ser bons, de acordo com analistas da Ágora, do Citigrup e do Barclays. A visão geral é que a ferrenha competição do setor e de despesas com integração e financeiras devem trazer mais um período de prejuízos para a companhia. 
Para Marcio Kawassaki e Carlos Albano, do Citi, o crescimento da receita líquida deverá ser de apenas 8%, enquanto o setor deverá crescer mais de 30% - a dupla destaca que esse deve ser o terceiro trimestre consecutivo em que a receita avança apenas um dígito.
Juliana Vasconcellos, da Ágora, também espera uma performance mais fraca que as outras companhias, projetando um crescimento de 10% - quase o dobro dos 5,2% estimados por David Belaunde, do Barclays. 
Competição
Albano e Kawassaki ressaltam os efeitos da competição no balanço - segundo a B2W, algumas companhias foram ainda mais agressivas em relação ao trimestre anterior. Vasconcellos, contudo, aponta uma competição mais fraca no período. 
O Citi afirma que a empresa teve de seguir essa concorrência no preço de alguns produtos, o que deve ter afetado as margens. Os analistas do banco estimam que a margem bruta da companhia recue 100 pontos-base no período. 
Para a margem Ebitda (geração operacional de caixa em relação à receita), é esperada uma queda para 10,1%, comparada aos 10,9% do primeiro trimestre de 2010. Segundo o Citi, um controle maior das despesas administrativas não deve impedir essa variação negativa - o que levaria o Ebitda (geração operacional de caixa) para R$ 102 milhões, estável na base anual. "Isso não é um bom resultado para uma empresa nesse setor", dizem os analistas. 
Apesar de também esperar uma pressão dos preços e sazonal (com a páscoa caindo no segundo trimestre), o analista do Barclays espera que a margem Ebitda da B2W avance para 11,3% no trimestre. 
Prejuízo é consenso
É consenso entre as três equipes de análise que a empresa deve fechar o primeiro trimestre com prejuízo líquido, pressionada por despesas financeiras e com integração - que aumentaram também em função da alta da taxa de juro. Vasconcellos tem a projeção mais otimista: R$ 8 milhões em perdas, metade dos R$ 16 milhões esperados por Belaunde. Já Kawassaki e Albano apostam em prejuízo de R$ 20 milhões.
Fonte: InfoMoney
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