Bovespa fecha em alta nesta terça, após pregão instável
Depois de oscilar ao longo do dia, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou com valorização nesta terça-feira (17), após duas quedas seguidas. Os papéis da blue chip OGX Petróleo contribuíram com o resultado do índice.
Na véspera, o indicador havia estabelecido nova mínima para o ano, ao recuar 0,64%, aos 62.829 pontos - menor patamar desde julho de 2010, quando o Ibovespa fechou aos 62.339 pontos.O Ibovespa subiu 1,34%, aos 63.673 pontos. O volume financeiro do pregão foi de R$ 5,42 bilhões.
No mês de maio, até esta terça-feira, o Ibovespa acumula queda de 3,72%. No ano, a desvalorização atinge 8,13%.
O dia trouxe notícias positivas para os acionistas de Petrobras e da OGX. A ação PN da estatal subiu 1,92%, a R$ 24,40, após o diretor financeiro, Almir Barbassa, afirmar que a empresa avalia reduzir o volume de investimentos projetado até 2015. Foi a segunda alta seguida após a divulgação de lucro trimestral de R$ 10,98 bilhões, na semana passada.
Já a ação da OGX subiu 7,8%, a R$ 14,92. Nesta manhã, a empresa declarou a comercialidade de acumulações na bacia do Parnaíba, no primeiro anúncio do tipo realizado pela OGX, que espera uma produção de 5,7 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural nesses campos.
Além disso, Petrobras e OGX foram classificadas como 'overweight' (acima da média do mercado) pelo Barclays, com preço-alvo de R$ 38 reais para a primeira e de R$ 23 para a empresa de Eike Batista.
Entre os demais ativos de maior peso sobre o Ibovespa, Vale PN subiu 1,19%, a R$ 42,65; Itaú Unibanco PN teve valorização de 0,34%, a R$ 35,49; e BM&FBovespa ON se depreciou em 1,13%, a R$ 11,37.
A alta também contemplou outros papéis com quedas recentes expressivas, como Hypermarcas, que subiu 3,55%, a R$ 15,75. De acordo com Rafael Espinoso, estrategista de renda variável da CM Capital Markets, houve um movimento técnico. Perto de 63 mil pontos, "o Ibovespa começa a ficar bem interessante", disse. Na segunda-feira, o índice fechou no menor nível em 10 meses.
Apesar da alta, o momento ainda é de cautela diante da incerteza sobre a recuperação econômica global e a retirada dos estímulos financeiros nos Estados Unidos.
"Amanhã tem divulgação da ata da reuniao do Fomc de abril, e isso sem dúvida alguma é um fator importante. Preocupa mais pela avaliação dos membros do Fed sobre a economia e a intenção deles em manter esse quadro de liquidez", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.
Dados da BM&FBovespa mostraram que o investimento estrangeiro em ações nas duas primeiras semanas de maio ficou positivo em R$ 1,15 bilhão. O número, porém, não cobre a saída de mais de R$ 4 bilhões nos três meses anteriores.
Fonte: G1 Economia
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