Bovespa abre em alta em busca de recuperação
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, em busca de recuperação, após recuar em quatro dos últimos cinco pregões, acumulando perdas de mais de 4% no período. Mas as dúvidas sobre a política monetária brasileira seguem trazendo incertezas e novas quedas não estão descartadas no curto prazo. O sinal negativo vindo do exterior e a realização de lucros no mercado de commodities pressionam os negócios com ações no Brasil. Às 10h16 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,40%, para 64.573 pontos.
"Porém, caso se confirme também o rompimento deste ponto, ordens de stop loss (perda máxima admissível) deverão ser disparadas, derrubando o índice à vista para um ponto mais baixo, com suporte inicial em 63,5 mil pontos", ressalta o BB Investimentos, no documento. Os analistas acrescentam que o piso aos 61 mil pontos marca um importante "divisor de águas".A equipe de analistas do BB Investimentos destaca, em relatório, que o fato de o Ibovespa ter perdido os 65 mil pontos ontem é visto como um ponto de entrada em um primeiro movimento de bear market (mercado de baixa). Porém, eles destacam que ainda existe um primeiro "fundo do poço", colado aos 64 mil pontos, no qual o Ibovespa se situa e que pode emergir certa reação.
O analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira, acredita que diante de uma agenda doméstica mais fraca e também após um início de mês desolador, abre-se espaço para uma leve recuperação da Bovespa hoje. "Alguns investidores podem buscar oportunidades de compra de ações que consideram 'baratas'", avalia. É válido lembrar, porém, que a valorização do real encarece a Bolsa para os investidores estrangeiros.
Especialistas ressaltam ainda que permanece a pressão em torno de mais aperto monetário, tanto na China quanto no Brasil, o que afugenta os investidores, sobretudo estrangeiros. A Bolsa de Xangai recuou 2,3% hoje, por conta do ressurgimento de temores sobre a política econômica, após o banco central chinês informar que irá continuar a usar instrumentos monetários para controlar a alta dos preços.
No Brasil, o presidente do BC, Alexandre Tombini, voltou a assumir o compromisso de reconduzir a inflação ao centro da meta (4,5%) em 2012, afirmando que a autoridade monetária levará adiante o processo de aperto monetário "o tempo que for necessário" para vencer essa batalha.
Fonte: Exame.com
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