Radar: comece o pregão sabendo as novidades do cenário corporativo


SÃO PAULO – As negociações desta quarta-feira (27) começam com as atenções voltadas para a reunião do Fomc (o Copom norte-americano), que contará com uma entrevista coletiva de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve, logo após o encontro. Espera-se que a autoridade monetária sinalize a conclusão da segunda rodada do programa de alívio quantitativo em junho deste ano.


Mas enquanto o evento não acontece, os investidores seguem de olho na temporada de resultados. Na Europa,  os balanços corporativos guiam trajetórias distintas para os setores econômicos: as montadores sobem com números melhores que o esperado da Volkswagen, enquanto bancos perdem com números abaixo do estimado para o Barclays.

Nesse cenário, apesar de importantes, os dados econômicos internos são ofuscados. O IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) mostrou avanço de 0,28 ponto percentual da inflação na passagem da terceira semana de março para a de abril, quando o índice indicou alta de 0,65% nos preços. Por aqui ainda serão divulgadas a Nota de Política Monetária, com dados sobre as operações de crédito em março, e o indicador de nível de atividade.


Bradesco

No Brasil, a temporada de resultados também ganha corpo com divulgação do desempenho trimestral de grandes companhias. No primeiro trimestre de 2011, o Bradesco (BBDC4) marcou um lucro líquido ajustado 27,5% maior na comparação com os três primeiros meses de 2010, para R$ 2,73 bilhões, com um salto de 26,8% nos ativos totais e de 22,6% da carteira de crédito expandida.



WEG

Também a WEG (WEGE4) reportou seus números trimestrais, mas informou que o lucro líquido recuou 14,1% na mesma base de comparação, em um movimento que foi acompanhado por uma retração de 26,5% do Ebitda (geração operacional de caixa) e de 10,5% da receita líquida de vendas.



M. Dias Branco

Passando para o cenário de fusões e aquisições, a M. Dias Branco (MDIA3) anunciou a assinatura de um contrato para a compra da totalidade das ações da NPAP Alimentos, em uma operação que poderá atingir até R$ 69,92 milhões, sendo que deste total R$ 21 milhões serão pagos ao longo de seis anos.



Droga Raia

Já a Droga Raia (RAIA3) revelou uma parceria de coalizão com a Multiplus (MPLU3) a partir de julho, no qual os clientes da Droga Raia poderão acumular pontos em suas compras e trocá-los por prêmios nas lojas da rede e em outros parceiros da rede Multiplus, que passam de 160. 



Elektro

A Elektro (EKTR4) anunciou o pagamento antecipado da dívida de R$ 288,1 milhões com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A companhia informou que em fevereiro havia solicitado à instituição a aprovação prévia para a transferência do controle acionário da empresa após a aquisição pela Iberdrola, mas que “devido à não anuência prévia do BNDES, a administração da companhia optou por realizar o pré-pagamento de seus financiamentos existentes junto ao BNDES”.



Gradiente

A IGB Eletrônica (IGBR3) anunciou na noite da véspera a conclusão da última etapa do seu programa de reestruturação que visa reinserir a marca "Gradiente" no mercado de consumo de eletrônicos do País, iniciado em maio de 2008.


A terceira e última etapa, segundo a companhia, se deu por meio da CBTD, empresa que receberá R$ 68 milhões através da emissão privada de debêntures conversíveis em ações participativas.

"A CBTD utilizará estes recursos para implementar seu plano de negócios, utilizando a marca Gradiente que, juntamente com outros ativos da companhia, foram arrendados à CBTD por meio de contrato já firmado entre tais companhias", explica a IGB em nota. Vale mencionar que os papéis da IGB Eletrônica fecharam em alta de 6,16% na terça-feira, cotados a R$ 9,13.


Magazine Luiza

Enquanto isso, no cronograma de ofertas públicas, chega ao fim nesta quarta-feira o período para que os investidores da oferta de varejo manifestem o interesse em aderir ao IPO (Initial Public Offering) da Magazine Luiza, cujas projeções elaboradas pelos coordenadores da oferta estimam que a captação pode atingir R$ 1,42 bilhão. A precificação deve ocorrer na quinta-feira, e a estreia na BM&F Bovespa, em 2 de maio.



Marfrig

A agência de classificação de risco Moody’s atribuiu o rating B1 para a emissão de dívida de US$ 500 milhões da subsidiária integral da Marfrig Alimentos (MRFG3), Marfrig Holdings, com perspectiva estável. A nota contempla um mix diversificado de produtos de valor agregado, o crescimento da cobertura geográfica e a estrutura de custos competitiva, revela a agência em comunicado.


Por outro lado, o rating incorpora também “o contínuo e fraco fluxo de caixa operacional da Marfrig, sua alavancagem relativamente alta e os desafios restantes para integrar com sucesso a aquisição da Seara (ocorrida em 2009) e, crucialmente, a aquisição da Keystone, de US$ 1,26 bilhão ocorrida em meados de 2010, assim como duas recentes parcerias estratégicas na China, que exigirão investimentos constantes".

Fonte: Exame.com