Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta segunda-feira

13:48 | Postado por uminvestimentos |

SÃO PAULO – As negociações na volta do feriado são marcadas por volatilidade e o Ibovespa opera em queda de 0,4% nesta segunda-feira (25), perdendo assim o patamar dos 67 mil pontos. O índice segue os mercados norte-americanos, que também recuam, e responde ainda à elevação de 25 pontos-base da taxa básica de juro brasileira após o fechamento de quarta-feira (20). 


O aumento da Selic pelo Copom (Comitê de Política Monetária) marcou redução do ritmo do aperto monetário, que até então havia sido de alta de 50 pontos-base nas reuniões de janeiro e março. A elevação também foi menor do que era antecipado pelo mercado. Apesar da alta mais moderada, o Banco Central indicou que a duração do ciclo de arrocho pode ser mais longa do que o previsto anteriormente.

Nos Estados Unidos, o número de casas novas vendidas em março ficou acima do esperado pelo mercado, ao marcar vendas anualizadas de 300 mil casas. Na cena interna, a inflação continua a ser o assunto dominante. O mercado elevou pela sétima semana consecutiva a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)  em 2011, de 6,29% para 6,34%, de acordo com o relatório Focus. Por outro lado, a alta dos preços medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) desacelerou, com avanço de 0,80% na terceira semana deste mês. 

Usiminas

As ações ordinárias da Usiminas (USIM3, R$ 27,83, -3,70%) são destaque de queda  do Ibovespa nesta segunda, indicando reação negativa por parte dos  investidores ao aumento da participação da CSN (CSNA3, R$ 24,36, -0,98%) no capital social da empresa, que agora chegou a 10,01% das ações com direito a voto e 5,25% das ações preferenciais. 

O aumento da fatia indica que a CSN não desistiu da entrada no grupo de controle da Usiminas, uma vez que a empresa continua a ampliar sua participação, fazendo com que uma disputa societária de peso ganhe corpo, destacou Max Bueno, da Spinelli Corretora.

Vale lembrar que a CSN informou após o último fechamento que obteve um empréstimo de R$ 1,5 bilhão do Banco do Brasil para destinar a operações de financiamento e exportação.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil (BBAS3, R$ 28,76, -0,93%), além do empréstimo fornecido à CSN, entra em foco pela aquisição do EuroBank, por US$ 6 milhões, conforme contrato de compra e venda de 100% das ações do capital social da instituição assinado nesta manhã. O banco adquirido opera nos EUA e possui uma carteira de crédito de US$ 74,8 milhões e ativos de US$ 102,1 milhões, conforme dados do final do ano passado.

Vale

Ainda entre as blue chips, a Vale (VALE3, R$ 51,91, -0,23%; VALE5, R$ 46,35, -0,32%) negocia a redução da participação em uma joint-venture para a construção de uma usina siderúrgica integrada no Brasil. O projeto localiza-se no Ceará e conta com mais duas empresas sul-coreanas, que deverão elevar a participação, ao passo que a da Vale cairá de 50% para 30%, informou a Reuters. 

O novo presidente da Guiné, Alpha Conde, cancelou o projeto de uma estrada de ferro no país financiado pela mineradora , informou a agência Reuters. A informação foi confirmada pelo ministério de Minas e Energia do país, que prometeu revisar “todas essas joint-ventures que foram assinadas às custas do Estado da Guiné”.

HRT

Fora do índice, destaca-se a HRT Petróleo (HRTP3, R$ 1.540,00, -4,35%). A empresa anunciou que sua subsidiária HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo deu início à perfuração do primeiro poço exploratório, cuja profundidade final é estimada em 3.400 metros. 

Denominado de 1-HRT-1-AM pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), o poço localiza-se na bacia do Solimões, no estado do Amazonas, e tem como objetivo “testar o ápice de uma estrutura anticlinal de direção leste-oeste”, a qual já foi perfurada anteriormente e constatou-se a produção de óleo e gás natural.

Laep

A Laep (MILK11, R$ 0,27, -6,90%) aprovou na última quarta, em reunião do Conselho de Administração, o grupamento de ações classe A da empresa na proporção de dez para uma. 

Ao término do grupamento, o capital social da companhia passará a ser representado por 151,49 milhões de ações, frente 1,51 bilhão de papéis atualmente. O objetivo da Laep é reduzir o volume de serviços e custos operacionais, de modo a melhorar a eficiência na gestão da base acionária.

Helbor

Por fim, enquanto investidores aguardam a intensificação da temporada de resultados, empresas continuam a divulgar prévias operacionais. Desta vez, a Helbor (HBOR3, R$ 20,92, +0,58%) revelou que as vendas contratadas totais marcaram R$ 182,1 milhões no primeiro trimestre de 2011, com um VGV (Valor Geral de Vendas) total de R$ 51,5 milhões, montante 88,6% inferior àquele registrado no mesmo período de 2010.

Fonte: InfoMoney
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