O aquecimento da economia e a recuperação do período de crise influenciaram o crescimento, segundo Raymundo Peixoto, presidente da Dell no Brasil. "O Brasil se solidificou como uma economia importante no cenário mundial e isso se refletiu nos números da empresa. Um dos próximos passos estratégicos será o foco em virtualização a um número maior de organizações e usuários", diz.

Os números mostram que o mercado de computadores de mesa (os desktops) ainda possuem perspectiva positiva de crescimento, apesar da ameaça constante das vendas de notebooks e outros portáteis. O País fechou 2010 com 13,7 milhões de unidades comercializadas, volume 23,5% maior que o de 2009, segundo balanço da consultoria IDC, o que faz do Brasil o quarto país em vendas de computadores, atrás somente dos Estados Unidos, China e Japão. Na fábrica da Dell no Brasil, em Hortolândia, interior de São Paulo, Peixoto não abriu dados sobre a lucratividade da companhia no país, mas disse que "os números são positivos".

Mudança nas vendas

Outro ponto importante destacado pelos executivos da empresa foi a mudança da estratégia de vendas. A partir de 2007, a empresa adotou o sistema de canais de revenda no País, diferente do método usado até então, de venda direta. Atualmente, a empresa conta com 60 parceiros registrados no País. "As revendas têm tipos de certificação que aumentam a qualidade do serviço. Dessa forma, conseguimos baixar o custo do produto ao cliente e, assim, aumentamos as ofertas de negócios e serviços", explica Peter Wiegandt, vice-presidente para grandes empresas e setor público da Dell América Latina.

Aporte

O investimento anunciado de US$ 1 bilhão envolve o desenvolvimento de novos serviços, soluções e opções baseadas em nuvem, com o objetivo de permitir que clientes capturarem os benefícios proporcionados pelos novos avanços ocorridos nas áreas de computação e tecnologia da informação, segundo a empresa. "No Brasil, a Dell também está se mobilizando para ajudar seus clientes a capturar estes benefícios e, com o anúncio de hoje [ontem], torna ainda mais acessível o poder da computação em nuvem a um número maior de organizações e usuários", comemora Raymundo Peixoto, diretor-geral da Dell Brasil. "A Dell já fez e continuará fazendo investimentos significativos para disponibilizar a tecnologia que pode ajudar seus clientes a serem bem-sucedidos na Era Virtual", completa.

Até o final de 2012, a Dell montará centros de dados em toda sua rede, para que seus clientes tenham acesso às tecnologias da computação em nuvem, tanto privadas como públicas, assim como às melhores capacidades de terceirização de tecnologia da informação (TI). Estes novos centros de dados da Dell permitirão que os clientes possam aproveitar as ofertas de Infraestrutura, Plataforma e Desktop Virtual, na forma de serviço, bem como a possibilidade de terceirizar a TI.

A empresa pretende inaugurar 12 Centros de Soluções Globais, este ano, e 10 outros, nos próximos 18 meses. Nestes centros de soluções, os clientes poderão se inteirar sobre as soluções da Dell dirigidas à indústria e sobre conhecimento especializado, simulando um ambiente altamente tecnológico. Nestes Centros de Soluções Globais, os especialistas da Dell vão trabalhar com os clientes, ajudando-os a fazer melhor uso de seu orçamento de tecnologia, para que invistam menos na gestão de sua própria infraestrutura e mais em inovações tecnológicas que sustentem o crescimento de sua empresa.

Pequenas empresas

Atualmente, as pequenas e médias empresas (PMEs) se deparam com uma avalanche de dados que sobrecarrega a infraestrutura tecnológica. Para auxiliar nessa expansão, oferecendo soluções que acompanham o aumento do volume de dados, a Dell lançou novos servidores, storages e switches voltados para PMEs: o PowerEdge T110 II e R210 II.

Além disso, ambos os servidores já têm excelente desempenho acústico e emitem níveis de ruído similares aos de desktops, ou servidores em torre. Os produtos estarão disponíveis em breve para o Brasil.

Fonte: Diário Comercio Indústria e Serviços