China pressiona ações de metais; OGX aguarda relatório
São Paulo - O principal índice das ações brasileiras emplacava o sexto dia seguido de queda nesta sexta-feira, com baixa das ações de empresas ligadas a metais após dados indicarem um aperto monetário maior na China.
Ações de mineradoras e de siderúrgicas eram impactadas pelo aumento da inflação na China ao maior nível em 32 meses. Os preços no varejo do país asiático cresceram 5,4 por cento em março, sinalizando que o banco central provavelmente terá que reforçar o aperto monetário e, com isso, reduzir a demanda por matérias-primas como ferro e aço.Às 12h11, o Ibovespa recuava 0,46 por cento, a 65.974 pontos. O giro do pregão era de 1,91 bilhão de reais.
As ações PN da Vale caíam 0,70 por cento, a 45,49 reais. MMX recuava 1,16 por cento, a 11,09 reais, e a siderúrgica Gerdau tinha baixa de 0,79 por cento, a 18,83 reais.
Sobre as produtoras de aço, pesa ainda o efeito da recente valorização do real sobre a receita. Em relatório, os analistas Leonardo Correa e Renato Antunes, do Barclays, reduziram o preço-alvo de Gerdau de 28 para 25 reais. CSN passou de 36 para 33 reais, e Usiminas PN foi reduzida de 25 para 22 reais.
"Estamos ajustando nossos modelos para incorporar um câmbio mais frote e um aumento um pouco menor dos preços comésticos do aço", escreveram.
Também em commodities, mas no setor de petróleo, as principais ações deixavam de lado o cenário internacional e obedeciam a expectativas internas. Petrobras PN subia 0,46 por cento, a 26,10 reais, após reportagem do jornal O Globo indicando que o governo estuda reduzir a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) para permitir um reajuste da gasolina sem impactar a inflação.
"Um dos principais entraves para a Petrobras aumentar o preço seria o medo do governo disso chegar no consumidor final", disse Rafael Dornaus, operador da Hencorp Commcor.
OGX , no entanto, caía 2,10 por cento, a 18,65 reais. O mercado aguarda a divulgação do relatório da D&M sobre as reservas de petróleo, após o fechamento do pregão.
"Enfatizamos que, dos recursos já estimados pela OGX, é preciso a confirmação de pelo menos 3 bilhões de barris em recursos contingentes para que a ação mantenha o valor atual.
No entanto, acreditamos que o mercado espera (o reconhecimento de) aproximadamente 4 bilhões de barris", escreveram os analistas Sergio Torres e Felipe dos Santos, do JPMorgan.
Fonte: Exame
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