Ações da Usiminas caem mais de 5% após forte queda no lucro


São Paulo – As ações ordinárias da Usiminas (USIM3; USIM5), terceira maior do setor de siderurgia no Brasil por valor de mercado, caem mais de 5% na BM&FBovespa após a companhia anunciar resultados piores que o estimado pelo mercado.

Os analistas Rodrigo Fernandes e Hering Shen do Banco Fator, estimavam por um ganho de 95 milhões de reais para a companhia no período, enquanto o analista Pedro Galdi da SLW Corretora projetava um saldo positivo de 183 milhões de reais.A empresa lucrou 16 milhões de reais no primeiro trimestre, o que representa uma queda de 96% em comparação ao registrado em igual período do ano anterior. Até às 12h05 (horário de Brasília), as ações ordinárias da Usiminas tinham registrado mínima de 24,38 reais, o que representa uma queda de 6,15%. Os papéis preferenciais contabilizavam perda mínima no dia de 3,77%.
A Usiminas justificou que o balanço ficou aquém do esperado por causa da alta dos custos e da queda na produção.
“Os resultados do trimestre foram afetados pela continuidade da pressão dos custos das principais matérias primas e pelo câmbio desfavorável que incentiva a competição dos produtos importados”, disse a Usiminas em comunicado.
Pedro Galdi explica em relatório que “a depreciação do dólar reduz as margens para exportações e, por outro lado, acaba por atrair a entrada de aço importado no Brasil, algo que estamos observando desde o ano passado”.
O desinvestimento na Ternium, empresa na qual a Usiminas participava com 14,25%, representou sozinho um impacto negativo de cerca de 125 milhões de reais no resultado do primeiro trimestre deste ano, principalmente devido ao reconhecimento contábil das perdas cambiais.
Apesar da queda de hoje, as ações ordinárias da Usiminas registram valorização superior a 15% no acumulado do ano. A Usiminas disse ontem que o recente aumento da fatia da CSN no capital da empresa e o possível interesse da Gerdau em comprar a empresa levaram os seus controladores a negar qualquer disposição nesse sentido.
A Votorantim, Camargo Corrêa, Mitsubishi, Nippon Steel e a Caixa dos Empregados também negaram que estariam negociando a venda de suas participações.
Fonte: Exame.com