Petróleo volta a subir e pressiona mercados mundiais


O cenário favorável trazido pelos indicadores econômicos no início dos negócios desta terça-feira (1/3) foi ofuscado pelo ressurgimento dos temores de conflitos no mundo árabe.

Segundo Pedro Galdi, analista investimento da SLW Corretora, o dia começou bem com os dados da indústria chinesa mostrando leve arrefecimento em fevereiro.

O Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) recuou de 52,9 para 52,2 pontos, sinalizando que as medidas do governo para combater inflação estão funcionando. "Com isso, nova alta nos juros não seria necessária no curto prazo", disse Galdi.
Nos Estados Unidos, o nível de atividade industrial também foi positivo. O indicador atingiu 61,4 pontos no mês passado, enquanto analistas previam 60,5 pontos.
Ainda por lá, o discurso de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), "não trouxe novidade", considerou analista investimento da SLW Corretora .
Bernanke afirmou que a alta recente dos preços de petróleo não deve ter um grande impacto sobre a economia dos Estados Unidos, mas pode gerar um crescimento mais fraco e uma inflação mais elevada se continuar.
No entanto, as principais bolsas mundiais passaram para o campo negativo, "após notícia de que a Arábia Saudita enviou tanques ao Bahrein", afirmou Galdi.
Diante disso, o contrato de petróleo com vencimento em abril voltou a subir em Londres, para a faixa de US$ 114 o barril. Na Bolsa de Nova York, a alta era de 1,78%, a US$ 98,70 o barril.
Cena doméstica
Por aqui, a bolsa brasileira acompanhava o movimento de Wall Street. Às 15h00 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,64%, aos 66.952 pontos. O giro financeiro rondava os R$ 3,171 bilhões.
Os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE5) perdiam 0,45% e 0,46%, respectivamente, puxando a baixa do índice paulista.
Destaques
Entre as ações que compõem o índice, as preferenciais da Ambev (AMBV4) lideravam os ganhos, com alta 1,67%, cotadas a R$ 44,94.
Na outra ponta, a maior queda do dia era das ações da Telemar (TNLP3), que depreciavam 3,36%, cotados a R$ 35,03.
Câmbio
O dólar apresentava queda de 0,06% em relação ao real, cotado a R$ 1,6600 na compra e R$ 1,6620 na venda.
Fonte: Brasil Econômico