Ibovespa ensaia virada, mas volta a subir e atinge 66.665 pontos
SÃO PAULO - O mercado acionário brasileiro ensaiou uma virada de rumo e se aproximou da linha dos 65 mil pontos logo no início dos negócios, mas já voltou a subir. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue o rumo positivo de Wall Street, onde os investidores analisam dados de emprego mais fortes que o projetado, mas também seguem preocupados com os conflitos no Oriente Médio e norte da África nos negócios.
Por volta das 12h20, o Ibovespa se apreciava em 0,64%, aos 66.665 pontos, e girava R$ 1,255 bilhão. Na BM&F, o Ibovespa futuro, com vencimento em abril, apresentava alta de 0,82%, com o registro de 67.315 pontos.
Ontem, o Ibovespa teve desvalorização de 1,69% e fechou aos 66.242 pontos.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subia 0,23%, o S&P 500 avançava 0,22% e o Nasdaq registrava ganho de 0,36%.
A ADP, empresa que processa folhas de pagamento, informou que o setor privado nos Estados Unidos adicionou 217 mil vagas entre janeiro e fevereiro, em uma base ajustada sazonalmente.
O mercado ainda está atento às novas palavras do presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, e aguarda a divulgação do Livro Bege, compilado sobre a percepção econômica feita pelos distritos regionais do banco.
Na Europa, a Standard & Poor's Ratings Services (S&P) manteve os ratings de Portugal e da Grécia no CreditWatch com implicações negativas. Existe a possibilidade de que a nota soberana desses países possa ser rebaixada nos próximos dois meses, dependendo do desfecho das negociações com relação ao Mecanismo de Estabilidade Financeira.
Também pesa sobre os negócios a situação na Líbia. O ditador Muamar Gadafi afirmou nesta quarta-feira que os campos de petróleo e os portos da Líbia estão "seguros" e "sob controle", mas os preços da commodity seguem em alta em Londres e em Nova York.
Gadafi se pronunciou na capital do país, Trípoli, enquanto suas forças militares lançavam uma ofensiva contra opositores no leste do país. O ditador busca retomar o controle de uma importante instalação de petróleo e de uma área de pouso na costa do Mediterrâneo.
No campo corporativo, a maior parte dos papéis do Ibovespa registra valorização. Há pouco, os destaques pertenciam às ações Cosan ON (3,73%, a R$ 26,66), Usiminas PNA (2,62%, a R$ 18,78) e Brasil Telecom PN (2,15%, a R$ 12,81).
As chamadas "blue chips" também dão respaldo à apreciação do Ibovespa. Vale PNA subia 0,20%, a R$ 48,95, Petrobras PN ganhava 0,70%, a R$ 28,49, e OGX Petróleo ON avançava 0,67%, a R$ 19,45.
Já as principais quedas estavam com as ações Marfrig ON (-0,97%, a R$ 14,25), CPFL Energia ON (-1,23%, a R$ 42,47) e Vivo PN (-1,71%, a R$ 58,62).
Fonte: Uol Economia
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