Ibovespa abre em alta e se aproxima dos 68 mil pontos, em dia de ganhos externos


SÃO PAULO - O Ibovespa  inicia os negócios desta quarta-feira (30) em alta de 0,73% a 67.912 pontos, seguindo os ganhos observados nos mercados externos. Nesta sessão, os investidores avaliam dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, que ficou levemente abaixo do esperado pelo mercado, e também o desenrolar da crise na Europa.


O ADP Employment Report mostrou que foram abertas 201 mil vagas no setor privado dos Estados Unidos em março, resultado inferior às expectativas do mercado, que previam criação de 210 mil vagas. O mercado também avalia o cenário português, que mostrou que os juros cobrados para os títulos do governo português com prazo de vencimento de cinco anos romperam a barreira de 9% ao ano.

Já no plano interno, os investidores deverão acompanhar a divulgação de mais resultados corportaivos, a exempolo dos números já publicados pela Brookfield  (BISA3). Além disso, a última edição do Relatório de Inflação do Banco Central  foi mais favorável quanto ao ritmo de aumento dos preços na economia brasileira, com expectativa de expansão de 4,0% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.

Dentre os papéis que são negociados nesta manhã, destaque para B2W Varejo ON EDS (BTOW3, R$ 22,65, +2,49%),  TIM Participações S/A PN (TCSL4, R$ 6,99, +1,90%),  LLX Logística ON (LLXL3, R$ 4,87, +1,88%),  Brookfield ON (BISA3, R$ 8,25,+1,85%) e Cielo ON (CIEL3, R$ 13,66, +1,71%). 

Vale ressaltar que a Brookfield obteve lucro líquido de R$ 84,9 milhões no quarto trimestre de 2010, o que equivale a um crescimento de 64,7% na comparação com mesmo período do ano anterior.


Cenário externo



Em relação a agenda europeia desta data, foram publicados dados sobre a confiança do consumidor na economia na Zona do Euro. Segundo a Comissão Europeia, a confiança na economia de modo geral caiu de 107,9 pontos em fevereiro para 107,3 pontos em março. O indicador de confiança do consumidor caiu 0,6 ponto, para -10,6 neste mês.



No Japão, o sentimento predominante no pregão da véspera foi positivo, com a queda do iene e a perspectiva de retomada das atividades produtivas por grandes empresas, como Hitachi e Nissan, por exemplo. No entanto, o governo estuda limitar a capacidade de uso de energia por algumas companhias de modo a poupar energia durante o verão, com a perda de capacidade de fornecimento da Tokyo Electric Power e a possibilidade de desativação dos reatores na usina nuclear de Fukushima.


Análise técnica e perspectiva



De acordo com Eduardo Collor, do Banif, “o Ibovespa testou na mínima do dia a média das Bandas de Bollinger, por volta de 67.050 pontos. Na sequência reverteu em alta alfinetando a resistência de 67.700 pontos. O mercado não confirmou a expectativa de buscar o suporte de 66.700 pontos, contudo deixou uma grande sombra superior mostrando que os vendedores assumiram o controle do mercado no final do dia. Fica o sentimento de que o mercado ainda poderá buscar o suporte de 66.700 pontos nos próximos dias. O estocástico lento está vendido em 68%”



Em relação às perspectivas para esta sessão, Miriam Tavares, da AGK Corretora apontou que, “nesta quarta-feira, a agenda externa é relativamente fraca e, se não houver nenhuma surpresa em relação à Líbia ou ao Japão, os mercados globais devem operar perto da estabilidade, alternando pequenas altas com pequenas quedas conforme o noticiário. Aqui, as ações devem acompanhar Wall Street”


Brasil: inflação



No campo doméstico destaque para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado). O indicador apontou inflação de 0,62% em março, taxa 0,38 ponto percentual menor que a apurada no mês anterior. O resultado também ficou 0,10 ponto percentual abaixo das projeções do mercado.



No cenário corporativo, são esperados os números da Cesp, IdeiasNet, Springs Global, Brasil Brokers entre outros, todos marcados para após o término do pregão.



Fechamento anterior



O principal índice da bolsa paulista fechou o pregão de terça-feira em leve alta de 0,34%, atingindo 67.418 pontos e registrando uma baixa acumulada no ano de 2,72%. O volume financeiro foi de R$ 5,15 bilhões.  


Fonte: InfoMoney