Economia brasileira registra expansão de 7,5% em 2010


O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 7,5% em 2010, ante o ano anterior, segundo informou nesta quinta-feira (3/3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento acumulado do PIB em 2010 é o mais elevado desde 1986. Em 2009, a economia havia recuado 0,6%.
O comportamento da atividade econômica brasileira no último trimestre de 2010 confirmou os prognósticos de leve desaquecimento.
No quarto trimestre, a expansão do PIB foi de 0,7%, ante um crescimento de 0,4% no terceiro trimestre, em linha com o estimado pelo mercado.
"O desempenho confirmou o quadro de arrefecimento, com o consumo e os investimentos ainda puxando o resultado", avaliou Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.
Mesmo com uma taxa de evolução inferior - 0,7% no quarto trimestre, contra 3,1% no terceiro trimestre -, os investimentos apresentaram expansão "melhor do que o imaginado", segundo o economista.
Os investimentos representaram 17,9% do PIB no quarto trimestre, abaixo dos 19,4% alcançados no trimestre anterior. No ano, investimento atingiu 18,4% do PIB, frente a 16,9% em 2009.
O consumo das famílias voltou a acelerar e puxou o crescimento trimestral, com expansão de 2,5%, ante avanço de 1,8% no trimestre anterior. Já os gastos do governo recuaram 0,3%.
No setor externo, as exportações avançaram 3,6%, mas as importações, que têm peso negativo, avançaram em ritmo maior, a 3,9%.
Pelo lado da oferta, o setor de serviços foi o único a apresentar crescimento no trimestre, com avanço de 1%. A indústria caiu 0,3% na base de comparação trimestral, e a agropecuária recuou 0,8%.
Para o primeiro trimestre de 2011, Rosa prevê movimento semelhante para a economia e projeta que o PIB cresça 0,9%.
Revisões
O crescimento do PIB nos dois trimestres anteriores foi revisado para baixo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No terceiro trimestre, o ritmo de expansão foi revisado de 0,5% para 0,4%.
Já o do segundo trimestre, anteriormente estimado em 1,8%, foi corrigido para 1,6%
Fonte: Brasil Econômico