Confiança do consumidor nos EUA cai em março

NOVA YORK - O índice de confiança do consumidor norte-americano medido pelo Conference Board caiu para 63,4 em março, da leitura revisada de 72 em fevereiro, que antes havia sido calculada em 70,4. O número deste mês foi o mesmo observado em dezembro de 2010. A previsão dos economistas entrevistados pela Dow Jones era de que o índice ficaria em 63.



A queda foi concentrada nas projeções das famílias para o futuro. As expectativas dos consumidores para atividade econômica para os próximos seis meses recuaram para 81,1 em março, da leitura revisada de 97,5 no mês anterior, que antes havia sido calculada em 95,1.
O índice de situação presente, que mostra a avaliação dos consumidores em relação às atuais condições econômicas, subiu para 36,9 em março, da estimativa revisada de 33,8 em fevereiro, que havia sido calculada anteriormente em 33,4.
Segundo a diretora do Centro de Pesquisa do Consumidor do Conference Board, Lynn Franco, as expectativas foram afetadas pelas preocupações sobre o aumento da inflação e da queda das projeções de rendimento.
As expectativas para a inflação aumentaram, puxadas pela alta dos preços da energia dos alimentos. O relatório mostrou que os consumidores, em média, esperam que a inflação alcance 6,7% nos próximos 12 meses. A previsão é maior do que a taxa de 5,6% projetada em fevereiro.
No que diz respeito ao emprego, 44,6% dos entrevistados disseram em março que está difícil de encontrar um trabalho, leitura praticamente inalterada em relação ao número de 44,4% observado em fevereiro, enquanto apenas 4,4% afirmaram que há uma "oferta ampla" de emprego, ante 4,9% no mês passado.
O porcentual de consumidores esperando mais emprego nos próximos meses caiu para 19,9% em março, de 21,2% em fevereiro, enquanto os consumidores esperando por oferta menor de emprego subiu para 20,7%, de 15%.
A pesquisa mostrou também que 15,3% dos consumidores esperam que sua renda aumente nos próximos seis meses, em comparação com 17,4% que deram a mesma resposta em fevereiro, enquanto 15,3% preveem corte na renda, ante 13,2% no mês passado. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Estadão Economia & Negócios