Radar: comece o pregão sabendo as novidades do cenário corporativo


SÃO PAULO – O pregão desta quinta-feira (24) continua bastante influenciado pelo preço do barril de petróleo, um dos principais assuntos dos investidores nos últimos dias, ao lado dos confrontos na Líbia, que tem pressionado a cotação da commodity. O barril tipo WTI chegou a alcançar a marca dos US$ 100 na sessão anterior. Vale destacar que os principais índices de ações da Europa operam em queda nesta manhã.


Na agenda de indicadores econômicos internacional, destaque para o número de pedidos de auxílio desemprego nos EUA, o volume de pedidos e entregas de bens duráveis e dados sobre o setor imobiliário.

No Brasil, a confiança do consumidor aumentou em fevereiro deste ano, registrando 122,6 pontos, contra 121,6 apurados um mês antes. A alta foi de 0,8%. A taxa de desemprego, de acordo com o (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ficou em 6,1%, alta de 0,8 ponto percentual frente a dezembro e recuo de 1,1 ponto percentual frente a janeiro de 2010, quando estava em 7,2%. Investidores aguardam ainda, na agenda nacional, os dados de Operações de Crédito do Banco Central e o resultado do Governo Central em janeiro. 


Natura


No entanto, o maior destaque fico com a agenda corporativa, recheada de balanços de empresas. A Natura (NATU3) reportou um lucro líquido de R$ 744,1 milhões em 2010 e de R$ 219,3 milhões no último trimestre de 2010, valor 17,6% maior que o mesmo período de 2009. Na mesma base de comparação, o Ebitda (geração operacional de caixa) e a receita líquida saltaram 21,4% e 18,1%.



Ultrapar


Já a Ultrapar (UGPA4) anunciou ganhos de R$ 247 milhões nos três últimos meses de 2010, um crescimento de 81% sobre os valores dos mesmos meses de 2009. "O maior volume de operações, decorrente dos investimentos realizados nos últimos anos, combinado com a nossa prudência financeira e cultura orientada para resultados e criação de valor, nos permitiram atingir patamares recordes de resultados em 2010, potencializados pelo forte crescimento da economia brasileira", destacou Pedro Wongtschowski, presidente da companhia, em nota.



Vivo


Do mesmo modo, a Vivo (VIVO4) anunciou o maior lucro líquido da história da companhia: R$ 1,89 bilhão em 2010. Além disso, os números trimestrais superaram as projeções de analistas, com um crescimento de 325,1% do lucro líquido e de 20,9% da geração operacional de caixa do quarto trimestre de 2010 sobre o mesmo período de 2009.



Pão de Açúcar


Também no campo positivo, o lucro líquido do Pão de Açúcar (PCAR5) cresceu 81% entre os meses de outubro a dezembro de 2010 – na comparação com os meses de 2009 -, ao passo que o Ebitda avançou 54,9%, para R$ 769,3 milhões, . A companhia também anunciou na manhã desta quarta-feira a conclusão das negociações para a aquisição da Sendas Distribuidora pela controlada Barcelona Comércio Varejista e Atacadista, por R$ 377 milhões.



Restoque, Klabin e Marcopolo


Já a Restoque (LLIS3) apontou um crescimento de 457,8% do lucro líquido em 2010 e de 162,3% do Ebitda no ano, enquanto a Klabin (KLBN3) divulgou ganhos de R$ 560 milhões no último trimestre do ano passado na base de comparação com o ano anterior, após os ajustes do IFRS.


Enquanto isso, a Marcopolo (POLO3) registrou um lucro líquido de R$ 295,8 milhões em 2010, um avanço de 136,6% sobre o valor registrado no mesmo período de 2009, enquanto a receita operacional líquida teve alta de 46,5% e o Ebitda, 103,6%.


Resultados piores que o esperado


Entre os destaques negativos, a Iochpe-Maxion (MYPK3) e a Weg (WEGE3) comunicaram uma recuperação frente aos números dos três últimos meses de 2009, mas os valores vieram pior que o estimado por analistas do Citi.



MMX


A MMX (MMXM3) comunicou nesta manhã que enviou à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a documentação completa para dar entrada do pedido de OPA (Oferta Pública de Aquisição) voluntária, através de permuta, das ações da PortX (PRTX3).



Minerva


O Minerva (BEEF3) divulgou na véspera comunicado ao mercado mostrando a participação do volume exportado para os países do norte da África e do Oriente Médio no seu faturamento e avaliando possíveis consequências da crise para suas atividades.


Segundo os dados divulgados pela empresa, a exportação para os países das regiões citadas correspondeu a 13,0% do faturamento bruto no ano passado. Nesse percentual, 3,1% é proveniente do Egito e 0,8% da Líbia. Como comparação, no total exportado de carne bovina pelo Brasil no ano passado, 32,9% do volume foi destinado ao norte da África e Oriente Médio.

A empresa avalia ainda que “a necessidade de importação destes países não deve se alterar significativamente”. Isso porque, segundo o Minerva, “a produção local é insuficiente para atender toda a demanda”.


Mais resultados


Por fim, após o pregão desta quinta-feira, serão anunciados os resultados trimestrais da Vale (VALE3VALE5), Valefert (FFTL3), Sul América (SULA3), Metalfrio (FRIO3), Grendene (GRND3), Fleury (FLRY3) e BR Malls (BRML3).

Fonte: InfoMoney