Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quarta-feira
SÃO PAULO – O bom humor domina os mercados internacionais nesta quarta-feira (16) e as principais bolsas globais operam em alta neste pregão. Na cena doméstica, o Ibovespa também apresentavalorização de 1,4%, superando os 67 mil pontos. Referências não faltam para os investidores, com uma intensa agenda nos Estados Unidos, dados de inflação por aqui e o vencimento do Ibovespa Futuro.
Nos Estados Unidos, a produção industrial apresentou queda de 0,1% em janeiro, resultado inferior às projeções do mercado, que apontavam um avanço de 0,6% no período. A capacidade industrial utilizada também não correspondeu às expectativas, ao atingir 76,1%.
O índice de preços ao produtor norte-americano por sua vez avançou 0,8% no mês de janeiro, ligeiramente acima das expectativas do mercado (+0,7%). Entretanto, os investidores aguardam com muita expectativa a minuta da última reunião do Federal Reserve, a ser divulgada às 17h00, horário de Brasília.
Inflação em foco
Por aqui, diversos índices de inflação foram divulgados. O IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) registrou inflação de 0,95% na segunda prévia de fevereiro, enquanto o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) apontou para uma desaceleração da inflação de 0,34 ponto percentual na passagem semanal, marcando alta de 0,82%.
Já o IGP-10 (Índice Geral de Preços) mostrou alta de 1,03% nos preços no intervalo de 30 dias até 10 de fevereiro, alta de 0,54 ponto percentual sobre a última medição.
Imobiliárias
Com a elevação dos preços em foco, as companhias do setor de construção, sensíveis à inflação e alta do juro, voltam a despontar entre os destaques negativos do pregão. A Cyrela (CYRE3) recua 2,13%, cotada a R 18,34, enquanto PDR Realty (PDGR3) e Rossi (RSID3) registram desvalorização de 1,82% e 1,23%, nesta ordem, negociadas a R 9,18 e R 12,83.
Petrobras
A Petrobras (PETR3, PETR4) comunicou a descoberta de mais um poço nos reservatórios do pré-sal, localizado na Bacia de Santos. Segundo a estatal, foi encontrado petróleo de boa qualidade no poço 4-BRSA-818, informalmente denominado Macunaíma. Os papéis ordinários da companhia operam em alta de 0,23%, cotados a R 30,70, enquanto as ações preferenciais da petrolífera avançam 0,56%, para R 27,12.
O poço encontra-se a 2.134 metros de profundidade e a 244 quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro, informou a petrolífera, que detém 65% do consórcio para exploração do bloco BM-S-10. O restante da participação é dividida entre a BG Group (25%) e a Partex Brasil (10%).
Vivo
No cenário corporativo, a Telefónica divulgou nesta manhã uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) para as ações ordinárias da Vivo (VIVO3) pelo valor de € 50,15 por papel, dando prosseguimento ao processo de reestruturação do controle iniciado no ano passado, quando a espanhola comprou a participação da Portugal Telecom na Brasilcel, grupo controlador da Vivo Participações. A resposta das ações da empresa brasileira é positiva, com alta de 1,15%, para R 54,49.
Banco PanAmericano
Na temporada de resultados domésticos, o Banco PanAmericano (BPNM4) divulgou na madrugada desta quarta-feira o balanço patrimonial, no qual estabeleceu a data de 30 de novembro de 2010 como o “Balanço Patrimonial de Abertura”, uma vez que não é possível realizar comparações com resultados anteriores, já que não se sabe a data exata em que começaram as inconsistências contábeis, confirmadas em R 4,3 bilhões. As ações da instituição recuam 1,21% após a divulgação, negociadas a R 5,72.
O banco mostrou ainda que registrou um prejuízo líquido de R 133,61 milhões em dezembro de 2010 e um resultado operacional negativo em R 140,36 milhões.
BicBanco
Ainda no setor bancário, o BicBanco (BICB4) anunciou um lucro líquido de R 348,7 milhões no acumulado anual em 2010, o que representa uma variação positiva de 9,6% sobre o desempenho de 2009. Já os ganhos no quarto trimestre foram de R 69,8 milhões, o que representa uma queda de 18,7% sobre o mesmo período do ano anterior e de 30,6% sobre os três meses anteriores. As ações recebem os números com leve valorização de 0,09%, negociadas a R 11,10.
Souza Cruz
Além disso, a Souza Cruz (CRUZ3) reportou queda de 2,4% no lucro líquido de 2010, para R 1,45 bilhão, e de 4,7% da receita líquida de vendas, que alcançou R 5,52 bilhões. "No segmento de exportação de fumo, apesar dos melhores preços praticados em dólar, as receitas foram influenciadas negativamente pela redução dos volumes embarcados e pela apreciação média do real", apontou a empresa.
A reação do mercado ao balanço, no entanto, é positiva. As ações da Souza Cruz operam nesta quarta-feira com valorização de 1,49%, cotadas a R 79,77.
Fibria
A Fibria (FIBR3), por sua vez, registrou lucro líquido de R 162 milhões durante o quarto trimestre de 2010, o que corresponde a um avanço de 369% sobre os mesmos três meses de 2009. No entanto, o valor do acumulado do ano aponta para uma redução de 77% nos ganhos, de R 603 milhões. Os papéis operam em leve alta.
Telesp
A Telesp (TLPP4) também informou sobre seus números trimestrais, anunciando lucro líquido de R 622,7 milhões, que corresponde a uma alta de 9,2% sobre o resultado do mesmo período de 2009. No entanto, o Ebitda (geração operacional de caixa), de R 1,42 bilhão, apontou para uma queda de 1,1% na mesma base de comparação.
"Estas variações estão relacionadas principalmente à alteração do mix de serviços prestados, com redução das receitas de telefonia tradicional, que possuem margens maiores", afirmou a empresa em comunicado. Ainda assim, as ações da companhia são um dos destaques de alta do Ibovespa, com valorização de 2,29%, para R 39,69.
Expectativa
Após as vendas no varejo terem mostrado crescimento de 10,1% em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2009, além do melhor ano para o segmento desde 2001, os investidores aguardam com ansiedade o resultado da Lojas Renner (LREN3), que será divulgado após o fechamento do mercado. As ações são negociadas com alta de 2,43%, para R 52,25.
Fonte: InfoMoney