Ex-banco de Silvio precisa de R$ 8 bi para ficar competitivo

O PanAmericano terá de captar pelo menos R$ 8 bilhões no mercado interbancário para continuar a operar com condições competitivas melhores do que as que tinha antes de anunciar o rombo inicial de R$ 2,5 bilhões, em novembro do ano passado, segundo a Folha apurou junto a executivos que participaram da venda do banco, informa Mario Cesar Carvalho, em reportagem desta quarta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Na última semana, auditores descobriram que o buraco era ainda maior --chegara a R$ 3,8 bilhões.

A situação do PanAmericano é dramática, segundo técnicos que trabalham na instituição. Se a venda não tivesse sido fechada anteontem, haveria risco de o banco quebrar nos próximos dias.

Os R$ 8 bilhões serão captados pelos sócios da instituição, segundo os termos das negociações que culminaram com a venda do banco de Silvio Santos para André Esteves, do BTG Pactual.

O Pactual planeja injetar R$ 4 bilhões dos R$ 8 bilhões necessários. O banco comprou 37,64% do PanAmericano por R$ 450 milhões. Em dezembro de 2009, a Caixa havia adquirido 36,56% do capital total do banco por R$ 739,27 milhões.

O restante das ações segue na Bolsa, com acionistas minoritários.

Caixa e Pactual devem comprar carteiras de crédito e CDI (certificado de depósito interbancário) do PanAmericano. CDI são os títulos vendidos entre os bancos. Nas negociações, o Pactual se comprometeu a trazer pelo menos R$ 3 bilhões para o PanAmericano.

Se a meta for atingida, a Caixa ficará com um encargo maior, de R$ 5 bilhões, apesar de ter uma fatia de ações ligeiramente menor (36,56% ante 37,64%).

Fonte: Folha.com

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