Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quarta-feira

SÃO PAULO - Entre sinalizações do Federal Reserve, números corporativos positivos e dados positivos vindos da Europa, as principais bolsas ao redor do globo desfrutam de uma tarde de ganhos nesta quarta-feira (13). Seguindo a tendência, o Ibovespa lista alta de 1,25%, aos 71.833 pontos, renovando a máxima anual marcada em 71.900 pontos.

De acordo com dados publicados pela Eurostat - órgão oficial de estatísticas da Comissão Europeia –, a produção industrial dos países que adotam o euro cresceu 7,9% em agosto, na comparação de base anual, ao passo em que o mercado esperava expansão em torno de 7,4%. Já na passagem mensal, o crescimento foi de 1,0%.

Divulgada na tarde da última terça-feira (12), a ata do Fomc (Federal Open Market Committee) também injeta ânimo nos investidores neste pregão. O documento revelou que vários oficiais do Federal Reserve acreditam que "logo" será apropriada uma segunda rodada de afrouxamento quantitativo para estimular a economia, a não ser que o ritmo de crescimento do país se fortaleça.

Sem sair de Washington, os investidores também recebem de maneira positiva os números trimestrais de gigantes como JPMorgam e Intel. Além disso, por lá ainda será divulgado o orçamento do Tesouro dos Estados Unidos de setembro ainda nesta tarde.

Petrobras

Por aqui, a volta do feriado de 12 de outubro traz um noticiário bastante escasso, permitindo que alguns rumores ocupem lugar de destaque. É o caso da Petrobras (PETR4, PETR3), que, de acordo com o Relatório Reservado divulgado nessa manhã, prevê a necessidade de captar em mercado uma soma de R$ 30 bilhões para viabilizar os investimentos da companhia na exploração da camada pré-sal.

A capitalização poderia ocorrer ao longo dos próximos dois anos. Mas, segundo a publicação, o número só será divulgado quando a repercussão da oferta de ações da empresa tiver sido minimizada. Apesar da consulta, não foi possível confirmar com a assessoria de imprensa da Petrobras tal informação.

Além disso, informações do jornal O Estado de São Paulo, dando conta de que a PDVSA, estatal venezuelana de petróleo, pode acabar sem participação no projeto da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, realizado em parceria com a estatal nacional.

O projeto faz parte de uma série de negócios comuns entre Brasil e Venezuela acordados em 2005 pelos presidentes dos dois países. Segundo declarações anteriores do diretor de refino da estatal brasileira Paulo Roberto Costa, a proporção na parceria seria de 40% para a PDVSA e 60% para a Petrobras.

Diante dos rumores, as ações preferenciais da Petrobras operam em leve queda de 0,31% nesta tarde, ao passo que as ordinárias avançam 0,17%.

Pão de Açúcar

Enquanto os papéis da Petrobras listam queda, o mesmo não pode se dizer acerca do Pão de Açúcar (PCAR5), que assiste suas ações subirem 1,53% nesta tarde. O bom desempenho dos ativos deve-se aos resultados da empresa no terceiro trimestre deste ano, apresentados ao mercado nesta quarta.

As vendas brutas do varejista atingiram R$ 7,9 bilhões e saltaram 15,9% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o do último ano. Já levando em conta apenas as vendas brutas das mesmas lojas no período, a alta é mais modesta, de 12,5%, e, em termos reais, cujo cálculo é feito pela deflação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a porcentagem cai para 7,6%.

Excluindo-se as operações da Globex, cujas vendas brutas nas mesmas lojas superaram os números do ano passado em 33,2%, os destaques ficam por conta do Assaí e do Extra Supermercados, com expansão de 19,6% e 24,1%, respectivamente, no mesmo conceito.

Setor imobiliário em alta

Empresas do setor imobiliário também aquecem o pregão da BM&F Bovespa nesta quarta. Os papéis de maior destaque no setor são os da MRV Engenharia (MRVE3) e PDG Realty (PDGR3), que apresentam forte valorização de 6,00% e 4,97%, respectivamente.

Outras empresas do ramo imobiliário também acompanham a alta, como a Rossi (RSID3) que sobe 4,61%, a Cyrela (CYRE3), que valoriza 2,457%, e Gafisa (GFSA3), que cresce 3,57%.

Eletrobras

Entre as maiores altas do pregão, também figuram as ações da Eletrobras (ELET3, ELET6), com alta de 4,84% para as ações preferenciais e 4,96% para as ações ordinárias. Questionada sobre algum possível anúncio ou comunicado aomercado que possa influenciar o movimento de valorização, a Eletrobras disse que não há qualquer fato.

Embraer

Já na ponta negativa do pregão, destaque à queda de 0,78% dos papéis da Embraer (EMBR3), em resposta à divulgação de seu relatório de entregas de aeronaves referente ao terceiro trimestre de 2010. De acordo com o documento, a companhia entregou 44 jatos no terceiro trimestre do ano.

"No geral, nós acreditamos que o resultado foi desapontador", comentaram Stephen Trent e Angela Lieh, analistas do Citi. De acordo com suas projeções, a dupla esperava a entrega de 57 aeronaves no período.

Fonte: InfoMoney

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