Itaú Unibanco quer até US$ 500 mi para fundo de investimento em empresas
A Kinea, braço de investimentos do Itaú Unibanco, se prepara para
decolar no efervescente mercado de "private equity" --fundos de
investimento que compram participações acionárias em empresas de capital
fechado-- com um fundo de até US$ 500 milhões (cerca de R$ 830
milhões).
A ideia é comprar participações minoritárias em empresas médias em
segmentos como varejo, educação, saúde ou que se beneficiem da melhora
da infraestrutura, algumas das quais exibem ritmo de crescimento de dois
dígitos por ano, disse o responsável pela área de "private equity" da
Kinea, Cristiano Lauretti.
"Mesmo que as taxas de juros de hoje não se mantenham baixas nesses
níveis por muito tempo, o investimento em 'private equity' no Brasil é
muito positivo nos próximos anos por causa da expectativa de crescimento
da economia", disse.
Antes de levantar o fundo, a instituição já deve anunciar nas próximas
semanas a compra de uma fatia numa empresa de médio porte por cerca de
R$ 200 milhões, já adiantando qual a dimensão dos negócios que a Kinea
pretende fazer.
"Não vamos ter transações com valor menor que R$ 60 milhões", afirmou
Lauretti.
O plano é reproduzir o modelo da AIG Capital Partners, onde o executivo
atuou desde 2000, com investimentos em companhias hoje conhecidas como
Gol, Fertilizantes Heringer e Providência.
De lá veio a equipe de cinco profissionais liderados por Lauretti que
toca a área de "private equity", a mais jovem da Kinea, hoje com cerca
de R$ 250 milhões sob gestão.
É uma fatia pequena em relação aos R$ 2,2 bilhões da carteira total da
Kinea, considerando segmentos como hedge funds e fundos imobiliários.
A estratégia de comprar participações minoritárias em empresas médias
com alto potencial de crescimento baseia-se no diagnóstico de que o
controle desse tipo de negócio ficou muito caro, devido à forte
competição de outros grupos de "private equity", incluindo estrangeiros,
dado que o Brasil é visto hoje como uma das melhores apostas no mundo
para investimentos de longo prazo.
Em vez do controle, disse Lauretti, a tática será ter uma participação
menor no capital das empresas, mas suficiente para permitir influência
na gestão do negócio, seja indicando o diretor financeiro ou um membro
do conselho de administração.
"Temos a placa do Itaú, que é uma vantagem importante", afirmou o
executivo.
Fonte: Folha.com

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