Deutsche Bank lista desafios logísticos à exportação de minério de ferro

SÃO PAULO - Embora detenha uma imensa reserva de minério de ferro de alta qualidade, o Brasil possui entraves logísticos que minam o desenvolvimento de sua capacidade de exportação. Esta é a conclusão do Deutsche Bank em seu estudo sobre os impactos do aquecido consumo chinês na dinâmica dos mercados globais.

“A emergência da China como um importante consumidor de matérias-primas - mais do que ela pode produzir - continua a elevar a demanda por minério de ferro e carvão metalúrgico”, comentam os analistas do banco. “Isto tem conduzido a uma série de alterações significativas nos mercados (...) as quais oferecem oportunidades significativas para as empresas globais”.

Brasil: rico em recursos

A equipe do Deutsche Bank enaltece os 26 bilhões de toneladas de minério de ferro que o Brasil detém em reservas e o fato de, em 2009, ter sido o segundo país em quantia exportada da commodity – atrás apenas da Austrália.

Mas...

No entanto, apesar dos surpreendentes números, os analistas observam que o desempenho poderia ser muito melhor. “O Brasil tem tido dificuldades para aumentar sua produção de minério de ferro nos últimos anos devido a gargalos de logística (...) Desenvolver o potencial de exportação irá requerer um significativo investimento em logística”.

“Nós estimamos que 92% do minério de ferro exportado do Brasil no ano passado usou portos que pertencem ou à Vale ou à CSN e, na nossa opinião, esta falta de alternativas de escoamento é uma grande barreira à entrada de novas empresas de minério de ferro no mercado de exportação”, comentam os analistas.

Ou seja, para eles, produtores de minério de ferro que não possuem seu próprio sistema de logística irão enfrentar um custo total significativamente maior.

Preços em alta

Análise do País à parte, as projeções dos analistas para as matérias-primas são positivas: “continuamos construtivos sobre o ambiente de preços para commodities e acreditamos que há oportunidades significativas de crescimento de volume para os fornecedores bem posicionados”.

Fonte: InfoMoney

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