Bovespa valoriza 0,55% após abertura de NY; dólar marca R$ 1,70
As ações brasileiras são negociadas com ganhos na jornada desta
segunda-feira. A valorização dos papéis, no entanto, não é suficiente
para devolver o índice Ibovespa ao nível de preços dos 70 mil pontos. As
Bolsas americanas também operam em alta --em um dia de poucos
indicadores no exterior, os números do setor imobiliário surpreenderam
positivamente os investidores.
O índice Ibovespa,
que reflete os preços das ações mais negociadas, sobe 0,55%, aos 69.912
pontos. O giro financeiro é de R$ 2,24 bilhões. Nos EUA, o índice Dow
Jones, da Bolsa de Nova York, avança 0,62%.
O dólar comercial é cotado por R$ 1,708, em um declínio de 0,05%. A taxa de risco-país
marca 182 pontos, número 1,09% abaixo da pontuação anterior. O Banco
Central já realizou seu primeiro leilão para compra de moeda, aceitando
ofertas por R$ 1,7015 (taxa de corte).
Entre as primeiras notícias do dia, a NAR (Associação Nacional dos
Corretores Imobiliários, na sigla em inglês) comunicou que as vendas de
imóveis novos cresceram 10% em setembro, bem acima das expectativas do
mercado financeiro (US$ 4,1 milhões).
BRASIL
O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, revela que a maioria dos
economistas do setor financeiro revisou para cima suas projeções para a
inflação deste ano: o IPCA previsto saltou de 5,20% para 5,27%. Já a
previsão para o dólar ficou estável em R$ 1,70 nesta semana. E para o
crescimento da economia brasileira, as estimativas foram mantidas em
7,55% neste ano e 4,50% no próximo.
O BC também reportou que o deficit em transações com exterior atingiu
US$ 3,9 bilhões em setembro e US$ 35 bilhões no acumulado deste ano. A
cifra anual é quase o triplo do saldo negativo registrado no mesmo
período de 2009 (US$ 12 bilhões).
Os investimentos estrangeiros somaram US$ 5,4 bilhões em setembro, mais
do que o dobro do registrado em agosto. Ainda em setembro, os gastos dos
brasileiros no exterior somaram US$ 1,58 bilhão, o terceiro resultado
recorde somente neste ano.
E o Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial teve
saldo positivo de US$ 274 milhões na quarta semana de outubro. Com esse
resultado, o saldo positivo no mês sobe para US$ 1,686 bilhão.
No acumulado deste ano, o superavit é de US$ 14,463 bilhões, ante um
saldo positivo de US$ 22,419 bilhões no mesmo período de 2009.
G20
A reunião do G20 (grupo dos países mais desenvolvidos) encerrou no
sábado com acordo em torno de uma "reforma histórica" do FMI (Fundo
Monetário Internacional), que reforçou a participação das economias
emergentes. As mudanças devem afetar ainda os mecanismos cambiais que
permitem uma "desvalorização competitiva" das divisas, o que o G20
rejeitou oficialmente.
Analistas, no entanto, chamaram a atenção para a ausência de medidas
concretas para deter a "guerra cambial". A proposta dos EUA para
estabelecer metas para as contas correntes (medida mais ampla das
transações econômicas de um país com o exterior) não foi aceita.
Nesse contexto, ganha intensidade a expectativa pela nova rodada de
estímulos ("quantitative easing"), tal como sinalizado pelo Federal
Reserve (o banco central americano), e que contribui para derrubar ainda
mais o valor do dólar na praça financeira internacional.
Fonte: Folha.com
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário