Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta sexta-feira

SÃO PAULO – Em mais um dia de volatilidade nos mercados, o Ibovespa segue em linha com os principais índices acionários internacionais, operando sem tendência definida nesta sexta-feira (10). Eventos díspares da pauta econômica ajudam a manter os investidores mais cautelosos no último pregão desta semana. No front doméstico, destaque mais uma vez para a Petrobras.

Na agenda norte-americana, o nível dos estoques no atacado surpreendeu o mercado ao avançar mais do que as expectativas em julho, avançando 1,3% na passagem mensal - ante projeção de 0,4% de alta. Já na China, embora as exportações tenham mantido o forte ritmo de expansão em agosto, o superávit de US$ 20 bilhões da balança comercial do país veio abaixo das projeções, que giravam em torno de US$ 30 bilhões.

Petrobras e Vale

Por aqui, a Petrobras (PETR4, PETR3), mais uma vez, marca presença no noticiário. A União encontrou uma maneira de aportar ainda mais dinheiro na companhia, recorrendo a uma nova manobra societária prévia à oferta pública de ações da petrolífera: o BNDES e a Caixa Econômica Federal irão transferir ações para o Fundo Soberano, que poderá entrar no processo.

Além disso, esta sexta também marca a primeira data de corte para a oferta primária de ações da estatal. Vale lembrar que a subscrição de 80% das ações inicialmente previstas no âmbito da oferta global serão destinadas à Oferta Prioritária, da qual poderão participar somente os acionistas que tenham posição de custódia em papéis ao final desta sexta.

Diferentemente dos pregões anteriores, os papéis da companhia reportam quedas mais modestas nesta sexta-feira: os ativos ordinários recuam cerca de 0,6%, ao passo que as ações preferenciais operam praticamente estáveis nesta tarde.

A Vale (VALE3, VALE5), por sua vez, anunciou a assinatura de contrato com duas instituições financeiras chinesas para financiar a construção de 12 navios no país asiático.

A mineradora informou que o Export-Import Bank of China e o Bank of China Limited fornecerão uma linha de crédito de até US$ 1,229 bilhão, o que representa cerca de 80% do total necessário para a construção dos navios. Os papéis da companhia operam em queda. 

Pão de Açúcar: destaque de queda

Se as projeções para a Nova Globex - empresa fruto da fusão entre Ponto Frio e Casas Bahia - chegaram a ter uma boa recepção dos mercados, o tom de ceticismo por parte dos analistas acerca da companhia contribui para o desempenho negativo dos papéis do Pão de Açúcar (PCAR5), que nesta tarde ocupam o extremo da ponta vendedora do índice, com queda de mais de 3,8%.

"Após a reunião de ontem com os executivos da empresa, acreditamos que a ação [do Pão da Açúcar] deve levar um tempo para reagir aos dados adicionais fornecidos sobre a aquisição da Casas Bahia”, disparam os analistas da Itaú Corretora, que optaram pela exclusão dos papéis da varejista de sua carteira recomendada. “Acreditamos que não há fatores que possam impulsionar a ação no curto prazo”, argumentam. As equipes de Citigroup e Barclays também demonstraram neutralidade ao novo acordo.

Teka: ação PN sobe 50%

Se as blue chips não estão empolgando os investidores nesta sessão, os ganhos registrados por algumas small caps têm saltado aos olhos do mercado.

É o caso da Teka (TEKA3, TEKA4), cujos ativos ON e PN operam com variação positiva de cerca de 30% e 50%, respectivamente, sendo estas as maiores altas da bolsa brasileira no dia, além de também registrarem volumes bem acima de suas médias.

Mesmo sem emitir nenhum comunicado ao mercado e sem nenhuma especulação rondando os mercados - em junho passado, Marcello Stewers, diretor vice-presidente da companhia, deu entrevista à InfoMoney na qual comentou os planos de reestruturação da empresa no pós-crise e negou os rumores de que a empresa será vendida -, os ativos ON e PN caminham para fechar a semana com ganhos em torno de 70% e 100%, respectivamente.

Mais small caps em destaque

A Kroton Educacional (KROT11) informou ao mercado que no próximo dia 24 será deliberada em assembleia geral extrordinária a aprovação da compra das ações de emissão da Editora e Distribuídos Educacional, “com a consequente transformação da Editora em subsidiária integral da companhia”, informou em nota. Seus units operam com ganhos de mais de 5% nesta tarde.

Já a Minupar (MNPR3) vê seus ativos subirem 2,86% - de R$ 0,35 para R$ 0,36 -, após a companhia informar que, a partir de novembro, será reativado a unidade de abatedouro localizada em Passo Fundo. 

Brasil Ecodiesel

A Brasil Ecodiesel (ECOD3) também aparece como destaque do dia ao ter comunicado na véspera, após fechamento do mercado, a exoneração de seu diretor-presidente, Mauro Antonio Cerchiari, e de seu diretor de Relações com Investidores, Charles Mann de Toledo.

A decisão, que dá "continuidade ao processo de redirecionamento estratégico da companhia", foi aprovada pelo conselho de administração nesta data. O atual diretor executivo financeiro, Eduardo de Come, acumulará interinamente as funções dos dois diretores. Seus ativos operam estáveis nesta tarde.

ALL Logística

Esta sessão ainda marcou a aprovação dos acionistas da ALL Logística (ALLL11), por unanimidade, do ingresso da companhia ao Novo Mercado da BM&F Bovespa. Com isso, foi também aprovada a conversão das ações preferenciais em ordinárias, além do grupamento de suas ações de emissão na razão de 5 ações para 1 nova ação e, por fim, a extinção dos certificados de depósitos de ações, os chamados Units. Os ativos da companhia sobem em torno de 2% no Ibovespa.

Oferta de ações da Lopes

Ademais, a Lopes Brasil Consultoria de Imóveis (LPSB3), dona da marca Lopes, informou ter apresentado à Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) pedido de análise prévia do registro de distribuição pública primária de ações ordinárias.

De acordo com nota emitida ao mercado, a LPS Brasil pretende captar recursos no valor estimado de R$150 milhões, considerando a cotação de fechamento em 8 de setembro (R$ 30,35). “Os principais objetivos da oferta são: captar recursos visando acelerar o plano de crescimento, e promover a expansão da base acionária da companhia e a liquidez de suas ações.” Seus papéis recuam mais de 3%.

JBS

Por fim, a JBS (JBSS3) informou nesta manhã o encerramento suas atividades na unidade de Cáceres (MT), a qual detinha uma capacidade diária de abate de 500 cabeças, “tendo em vista seu constante foco na busca por eficiência produtiva e operacional”, comunicou o frigorífico em nota. Suas ações recuam 0,4%.

Fonte: InfoMoney

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