Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quinta-feira
SÃO PAULO -
Em meio ao movimento mais moderado visto nos mercados internacionais
nesta tarde, o Ibovespa passa
a operar bem próximo da estabilidade, sentindo o desempenho ruim das
ações da Petrobras, que voltam a figurar entre as principais perdas da
BM&F Bovespa.
Na pauta econômica, as referências são positivas, com o Initial
Claims apontando um número menor do que o esperado de pedidos de
auxílio-desemprego nos EUA (451 mil novos pedidos na última semana,
contra estimativa de 470 mil). Aliado a isso, as declarações otimistas
do ministro de Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, sobre as
metas orçamentárias do país também ajudam a instaurar um clima positivo
nas bolsas europeias, que fecharam em alta.
No front doméstico, o destaque fica com a ata do Copom, que trouxe
como principais destaques a percepção de que, apesar da desaceleração
recente, a economia doméstica continuará em ritmo de expansão, dado o
aquecimento da demanda interna, e também os efeitos do enfraquecimento
da recuperação global. Sobre esse assunto, o documento publicado nesta
manhã diz que "a influência do cenário internacional sobre o
comportamento da inflação doméstica revela viés deflacionário".
Petrobras volta a ser destaque de queda
Mais uma vez, a Petrobras (PETR3, PETR4) volta a ganhar notoriedade por conta do desempenho de suas ações. Nesta tarde, os papéis ON da companhia recuam cerca de 2,8%, ao passo que os ativos PN sofrem perdas em torno de 1,7%, figurando entre os piores desempenhos do Ibovespa no pregão.
"O interesse dos
investidores em derrubar a Petrobras no processo de formação do preço
para a oferta de ações pode pesar, como já pesaram na sessão anterior”,
disse a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, em seu
relatório divulgado nesta manhã.
A companhia também virou
notícia por conta do comunicado emitido por ela nesta manhã, informando
que a BM&F Bovespa não irá estabelecer norma para
que as ações a serem emitidas pela estatal passem a ser negociadas sob
forma “ex-subscrição”.
BM&F Bovespa
Por falar na BM&F Bovespa (BVMF3), a gestora da bolsa brasileira é manchete após ter informado que a gestora de recursos BlackRock anunciou deter em carteira 104,8 milhões de suas ações, cerca de 5,13% do total, de acordo com comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). As ações da companhia avançam 1,7% nesta tarde.
Vale: precificação de bônus
A Vale (VALE3, VALE5) precificou a oferta de bônus de sua subsidiária Vale Overseas de US$1 bilhão com cupom anual de 4,625% para os bônus de 10 anos, e US$ 750 milhões com cupom de 6,875% para os bônus com vencimento em 2039. “Os bônus de 2039 serão consolidados e formarão uma única série com os bônus emitidos pela Vale Overseas com cupom de 6,875% de US$ 1 bilhão com vencimento em 2039, emitidos em 10 de novembro de 2009”, explicou a mineradora.
Ainda sobre essa oferta, a agência de classificação de risco Fitch
atribuiu a nota "BBB+" à proposta de emissão de notas. De acordo com a
Fitch, as duas notas são incondicionalmente garantidas pela Vale e os
recursos das emissões deverão ser utilizados para finalidades
corporativas gerais. Os papéis ON e PNA da companhia operam com ganhos
de 0,4% e 0,3%, respectivamente.
JBS: restrições e demissões
Um dia após o início da proibição de suas exportações de carne bovina à Rússia, a JBS (JBSS3) publica nota afirmando que “manterá o fornecimento para o mercado russo através de outras plantas habilitadas no Brasil e nos demais países”. O frigorífico alega também que “irá manter o diálogo com as autoridades responsáveis para resolver a questão e retomar as exportações das quantias embargadas”.
A companhia também ganhou espaço na mídia ao anunciar a demissão
de cerca de 400 funcionários dos setores de matança e desossa da unidade
industrial de Cáceres, no Mato Grosso. Os funcionários dispensados
voltavam nesta quinta-feira de férias coletivas concedidas pela empresa
no começo de agosto e a dispensa foi confirmada pela presidente do
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Cárceres,
Gláucia Maria Andrade Gonzaga.
Em meio aos eventos, os papéis da JBS operam com valorização de 0,4%.
Embraer consegue crédito de US$ 1 bilhão
A Embraer (EMBR3) fechou uma operação de crédito no valor de US$ 1 bilhão, juntamente com 25 instituições internacionais. O objetivo principal dessa captação é assegurar o acesso a recursos financeiros de curto prazo a taxas pré-negociadas em caso de necessidade, afirmou a empresa em comunicado ao mercado. Os ativos da fabricante de aeronaves recuam 1,3% nesta tarde.
Small caps
A São Carlos (SCAR3) notificou ao mercado nesta manhã que o seu conselho administrativo acordou, “sem ressalvas” e de maneira unânime, a recomendação para a convocação de uma assembleia geral extraordinária, na qual será deliberado o cancelamento das 1,755 milhões de ações ordinárias mantidas em tesouraria. Seus papéis operam estáveis em R$ 17.
Por fim, a Lopes
(LPSB3)
informou via fato relevante que assinou contrato para compra do controle
das operações da Maber, tornando-se, assim, sua controladora. O valor
da operação é de R$ 17,3 milhões, e será pago com uma primeira parcela
de R$ 6 milhões, sendo que o restante será dividido em quatro parcelas
variáveis, a partir do primeiro ano de aquisição. As ações da companhia
recuam 0,3% nesta tarde.

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