Citi corta recomendação de Vivo e eleva Telesp, avaliando cenário de fusão
SÃO PAULO -
Após travar conversas com especialistas da área de fusões e aquisições e
com grupos das companhias, o Citi rebaixou sua recomendação sobre os
papéis da Vivo e elevou para os da Telesp, prevendo futuras manobras de
sua controladora, a Telefónica, no País.
Os ativos VIVO3
e VIVO4
tiveram suas recomendações passadas de compra para manutenção, enquanto
os preços-alvo assistiram movimentos antagônicos: os papéis ordinários
subiram de R$ 78,00 para R$ 127,00 - upside (potencial teórico de
apreciação) de 13,74% sobre último fechamento -, ao passo que as ações
preferenciais declinaram de R$ 60,00 a R$ 48,00 - upside de 15,77%.
Incertezas
O movimento do banco com os papéis da operadora deve-se em suma “às incertezas na maneira em que a Telefónica pretende integrá-la à Telesp” e os possíveis impactos decorrentes desta ação, argumentam James Rivett, Alexandre Garcia e Simon Weeden, analistas que assinam o relatório do banco.
“Em última análise, acreditamos que a Telefónica irá tratar os
acionistas preferenciais da Vivo de maneira bastante justa, dado o seu
desejo de fundir rapidamente os ativos e de sobrepor a base de
acionistas na Telefónica e na Vivo”, observam.
Por seu turno, os papéis TLPP4 também viram sua
recomendação ser modificada, mas, neste caso, houve melhora na sugestão,
a qual passou de venda para manutenção, enquanto o preço-alvo subiu de
R$ 31,00 para R$ 42,00 - upside de 4,19%.
Proteção à capitalização
Quanto à sua nova recomendação sobre os ativos da Telesp, a equipe do Citi argumenta que, uma vez que a Telefónica detém o controle da empresa, uma fusão com a Vivo “pode ser o caminho mais protegido para capitalizá-la”.
Preferência e top picks
“Nossa preferência pela Vivo sobre a Telesp permanece, mas os receios quanto à possível fusão e aquisição irá prevalecer nos próximos nove meses”, disparam os analistas, antes de revelarem suas top picks para o setor de telecomunicação latino-americano: Nextel e TIM Brasil.
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