Dólar acompanha bolsas em NY e passa a subir, mantendo R$ 1,77

21 de julho de 2010 -  O dólar voltou a subir nesta quarta-feira, seguindo movimento das bolsas em Nova York e na expectativa com o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Ben Bernanke.

Influenciado no início da manhã pelo tom otimista trazido por balanços corporativos acima do esperado nos Estados Unidos, em especial da Apple, a moeda abriu a sessão no mercado doméstico em queda. Porém, sem espaço e sem fluxo para cair além de R$ 1,77, o dólar acompanhou a trajetória no cenário externo e voltou a subir.
"Sem nada concreto, o dólar não tinha espaço para cair", afirmou José Carlos Amado, da Renascença Corretora de Câmbio. No front interno, a decisão de política monetária centra a atenção.

Há pouco, no interbancário, a moeda norte-americana era comprada a R$ 1,776 na compra e R$ 1,778 na venda, com alta de 0,22%.

Com uma agenda restrita nos Estados Unidos, o testemunho de Bernanke, concentra mais expectativas por ocorrer num ambiente de desaceleração no crescimento econômico dos EUA, com quedas na confiança dos consumidores e intensa volatilidade nos preços de ativos no país. Na visão de Miriam Tavares, da AGK Corretora de Câmbio, em relatório, o cenário econômico traçado por Bernanke não deverá ser recebido com surpresa, já que a avaliação do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) foi resumida na ata da reunião de junho.

"Por outro lado, os mercados passaram a apostar que, diante deste contexto, Bernanke deve anunciar hoje novas medidas de estímulos à economia", acredita a especialista.

No lado corporativo, foram divulgados hoje balanços trimestrais da Coca-Cola, do Morgan Stanley, BlackRock, U.S. Bancorp e Wells Fargo. Ontem, após o fechamento dos mercados a Apple anunciou seus números, o que trouxe otimismo aos investidores nesta manhã.

No Brasil, o foco está concentrado na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Embora a maioria dos analistas ainda apostem numa alta de 0,75 ponto percentual, desde segunda a possibilidade de um ajuste menor de 0,50 ponto porcentual corre nas mesas de operações.

Fonte: Último Instante

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