Dólar fecha a R$ 1,81 com nervosismo global; Bovespa sofre queda de 3,7%
China e EUA foram a senha para uma onda mundial de aversão ao risco, que
derruba as Bolsas de Valores enquanto fortalece a moeda americana,
refúgio habitual em momentos de nervosismo.
Fonte: Folha.com
No gigante asiático, o mercado prestou atenção à sondagem privada que
apontou uma desaceleração da economia depois do pico de maio. E nos EUA,
a deterioração além das expectativas da confiança do consumidor na
economia local também gerou nervosismo.
As duas más notícias encontraram o contexto perfeito para estragar o
humor dos investidores: a crise na Europa não dá sinais de resolução no
curto prazo, como ficou manifesto na reunião recente do G20 (grupo dos
países mais ricos).
O mercado de câmbio doméstico, claro, não passou incólume: a taxa abriu o
dia já pressionado, atingindo o patamar de R$ 1,81 rapidamente. Nas
últimas operações do dia, a moeda americana foi negociada por R$ 1,811,
em um acréscimo 1,57% sobre o fechamento de ontem.
Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,920,
em alta de 1,58%.
O euro, que oscilava em torno de US$ 1,23 há poucos dias, retrocedeu
para US$ 1,22 nos negócios desta terça.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) perde 3,72%,
aos 61.838 pontos. O giro financeiro é de R$ 6,74 bilhões. Nos EUA, a
Bolsa de Nova York cede 2,73%.
Ideaki Iha, da mesa de operações da corretora Fair, destaca que o "bom
momento" da economia brasileira contribuiu para impedir um repique ainda
maior dos preços. "O Brasil pode ter subir mais degrau no 'rating', o
que deve atrair gestores que ainda não poderiam colocar recursos por
aqui; e tem a perspectiva dos juros subirem ainda mais, o que também
atrai mais capital", comenta, lembrando ainda das ofertas públicas de
ações no horizonte, como Banco do Brasil e Petrobras.
"É muito dinheiro que ainda pode entrar no país. Por esse motivo, acho
que dólar não deve subir muito mais que R$ 1,81 ou R$ 1,82. E mesmo que
suba mais, o retorno deve ser rápido", acrescenta.
Juros futuros
As taxas negociadas no mercado futuro de juros ficaram praticamente
estáveis na BM&F, que serve de referência para o custo dos
empréstimos nos bancos.
No vencimento para outubro, a taxa prevista avançou de 10,86% ao ano
para 10,87%. No contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada ascendeu
de 11,32% para 11,33%; mas no contrato para janeiro de 2012, a taxa
prevista recuou de 12,08% para 12,01%. Esses números são preliminares e
estão sujeitos a ajustes.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário