Dólar fecha a R$ 1,77 em quinto dia de alta; Bovespa cede 1,33%


A taxa de câmbio brasileira ficou mais alta pelo quinto dia consecutivo, com agentes financeiros procurando a moeda dos EUA num momento de maior nervosismo dos mercados. O euro também perdeu valor contra o dólar, caindo para US$ 1,43, num quadro de preocupações com a economia de países como a Grécia.


O dólar comercial foi negociado por R$ 1,772 na venda, o que representa um avanço de 0,39% sobre a cotação de ontem. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,775 e R$ 1,764. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,880, em um acréscimo de 0,53%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com perdas de 1,33%, aos 68.876 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,69 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrocede 1,18%.

O Banco Central comprou moeda no mercado à vista às 12h22 (hora de Brasília), aceitando ofertas por R$ 1,7629 (taxa de corte).

Em seu relatório diário sobre o mercado de câmbio, a diretora da AGK Corretora, Miriam Tavares, cita pelo menos quatro fatores que têm atuado para pressionar as cotações: os leilões diários do BC e a expectativa pelo Fundo Soberano; as projeções de um superavit comercial menor neste ano; a compra de dólar no mercado futuro por estrangeiros; e finalmente, "rumores sobre retirada de recursos do País por fundos estrangeiros, que habitualmente fazem realocação dos portfólios nesta época do ano".

Criado em 2008 com verbas federais de R$ 14 bilhões, o chamado FSB (Fundo Soberano do Brasil) é uma reserva de recursos públicos, inicialmente concebida para ser usada em momentos de crise, mas que pode ser utilizada conter eventuais pressões a favor do real. A aplicação do recursos foi regulamentada oficialmente no final do ano passado.

No início do mês, o secretário do Tesouro Nacional (responsável pela gestão do FSB), Arno Augustin, afirmou que a própria ação do BC diariamente no mercado de moeda já deve limitar as compras pelo Fundo. Ele lembrou que o objetivo do governo é, justamente, evitar a volatilidade das cotações entre real e dólar.

Juros futuros
O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, rebaixou as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista passou de 9,74% ao ano para 9,69%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada caiu de 10,32% para 10,27%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.

Fonte: Folha Online

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