Bovespa abre em alta em clima de otimismo externo

O primeiro dia de negociação em 2010 na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que abriu em alta, promete replicar o clima de otimismo que move para cima as principais bolsas do mundo. O crescimento da atividade industrial na China pelo nono mês seguido anima os investidores e dá tração aos preços das commodities, o que deve reforçar o interesse por ações de empresas brasileiras ligadas às matérias-primas. O petróleo é cotado acima de US$ 80 por barril, refletindo a percepção favorável quanto à recuperação da economia norte-americana este ano e também a expectativa de consumo maior de energia devido a onda frio no país. Às 11h05, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,40%, aos 68.863 pontos.

O índice HSBC China de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês), um indicador da atividade da produção industrial chinesa, subiu para 56,1 em dezembro, de 55,7 em novembro, indicando expansão da atividade. Na Índia, o índice PMI de atividade industrial também subiu, passando de 53 em novembro para 55,6 em dezembro. As bolsas europeias começam o ano novo nas máximas em 12 meses, influenciados pelo dado chinês e pela valorização das matérias-primas. Esse otimismo se repete nos índices futuros das Bolsas nos EUA, onde será divulgado o índice ISM de atividade industrial de dezembro e o dado de gastos com construção de novembro. No horário acima, o Nasdaq futuro superava 1% e o S&P 500 avançava 0,62%.

Analistas observam que apesar dos sinais positivos da manhã, o comportamento da Bovespa hoje vai depender de como será a atuação dos investidores estrangeiros após a abertura do pregão regular em Nova York. A avaliação entre os especialistas em ações é de que a Bovespa deve subir entre 20% e 30% neste ano, com pouco espaço para uma correção de preços, apesar da forte valorização em 2009. A Bovespa teve o melhor desempenho entre as bolsas de países emergentes e fechou o ano com valorização de 120,67%, calculada em dólares, segundo o MSCI Brazil Index. Em real, a alta do Ibovespa foi de 82,66%.

As ações do Itaú Unibanco estão sob holofotes por causa da notícia do jornal Sunday Times de que a instituição estaria considerando comprar participação nos bancos britânicos Royal Bank of Scotland (RBS) e Lloyds Banking Group, citando como fonte da informação o ex-ministro Pedro Malan, presidente do conselho consultivo internacional do banco. Ontem à noite, o Itaú Unibanco negou as informações do jornal. Segundo a assessoria de imprensa do banco, as notícias que o Itaú Unibanco estaria negociando a compra das instituições britânicas não procedem.
 
Fonte: Agência Estado

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